Mercado digere comunicado do Copom e aprovação de PEC do Lula
Investidores devem repercutir hoje a elevação do tom do Banco Central sobre riscos fiscais e a aprovação do aumento das despesas fora do teto de gastos no Senado Federal na noite de quarta-feira...
Investidores devem repercutir hoje a elevação do tom do Banco Central sobre riscos fiscais e a aprovação do aumento das despesas fora do teto de gastos no Senado Federal na noite de quarta-feira.
Após o fechamento dos mercados ontem, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central resolveu, como amplamente esperado, manter a taxa Selic em 13,75% a.a.. O comunicado do colegiado, no entanto, optou por adotar um tom mais dramático paras as implicações possíveis caso o governo eleito resolva promover uma expansão fiscal. De acordo com o texto, entre os itens que podem afetar negativamente a trajetória da inflação está a “elevada incerteza” sobre o futuro arcabouço fiscal.
O texto se refere à falta de visibilidade promovida pelo governo eleito e equipe de transição sobre qual o mecanismo que deve substituir o Teto de Gastos como âncora fiscal. O limite, inclusive, deve ser novamente descumprido no ano que vem para abrigar gastos sociais planejados pelo próximo governo.
Na noite de ontem, o Senado Federal aprovou, com 64 votos favoráveis, a PEC que prevê uma licença de, pelo menos, R$ 145 bilhões para honrar compromissos de campanha do presidente eleito. A matéria ainda precisa passar pelo escrutínio da Câmara dos Deputados, o que deve ocorrer na semana que vem, mas, se aprovada como está, deve provocar um déficit primário de cerca de R$ 130 bilhões no ano que vem.
Além disso, os investidores devem acompanhar dados do varejo brasileiro e de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos. A retomada dos preços das commodities, após a correção no pregão de ontem, também deve impactar os ativos brasileiros.
Agora pela manhã, os futuros de Wall Street indicavam leve recuperação das bolsas nos EUA após dias de perdas. Na Europa, o Euro Stoxx 600 operava em queda de 0,33% puxado por empresas ligadas ao petróleo e ao minério de ferro. O barril tipo Brent subia 0,83% às 8h04, cotado a US$ 77,78. O metal retomou a trajetória de forte alta registrada em novembro e avançou quase 3% na primeira parte da sessão em Singapura, negociado a US$ 109,20/tonelada.
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