Cenário político continua no radar dos investidores
Mercado permanece atento ao andamento da PEC do Lula, mas também está de olho no julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o orçamento secreto hoje...
Mercado permanece atento ao andamento da PEC do Lula, mas também está de olho no julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o orçamento secreto hoje. A PEC foi aprovada ontem pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado com R$ 145 bilhões excetuados do teto de gastos e com dois anos de Bolsa Família fora do limite fiscal.
O valor deve reverter o superávit primário deste ano e levar a um déficit de cerca de R$ 130 bilhões em 2023. É importante lembrar que esse resultado considera que não há recomposição das receitas, uma vez que a proposta em análise não prevê nenhuma. A matéria vai agora para apreciação do plenário do Senado, onde pode sofrer alterações. Para o mercado, a ideia é que o previsto no texto aprovado na CCJ deve ser o limite superior para a licença de gastos.
Além da PEC, os investidores também acompanham a sessão do STF, que pode julgar a constitucionalidade do chamado orçamento secreto. O tema não é o único da pauta da corte e dependerá de priorização da presidente do tribunal, ministra Rosa Weber, para apreciação ainda hoje. O julgamento pode interferir na votação da PEC do Lula porque tira poder dos parlamentares, que podem então reduzir os limites da proposta em análise no Senado Federal para ganhar mais margem de negociação com o governo eleito.
O mercado também acompanha a decisão do Copom (Comitê do Política Monetária) do Banco Central, que deve manter a taxa Selic em 13,75%. A atenção deve ficar voltada para o comunicado da autarquia. No texto, os investidores esperam ver a autoridade monetária mais uma vez defendendo a permanência de juros nos patamares atuais por mais tempo e destacando os riscos de uma possível expansão fiscal.
No exterior, commodities recuam após dias de ganhos importantes. Destaque para o petróleo, que está no menor nível de preços em praticamente um ano. Na manhã de hoje, o barril tipo Brent operava com queda próxima a 1%, cotado a US$ 78,66. O minério de ferro também devolve parte da alta dos últimos dias negociado a US$ 105,90.
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