A colunista precisa ler o processo
A colunista da Folha deu voz hoje à defesa do advogado Rafael Valim, alvo da Operação Jabuti. Mas parece que não leu o processo...
A colunista da Folha deu voz hoje à defesa do advogado Rafael Valim, alvo da Operação Jabuti. Mas parece que não leu o processo.
Ela escreveu que Valim “sofreu busca e apreensão em sua casa”. Mas isso não é verdade, pois a Lava Jato entrou apenas no escritório do advogado – e com a presença de um representante da OAB.
Reverberando Cristiano Maronna, defensor de Valim, a colunista escreveu também que o advogado foi grampeado. Mas isso tampouco é verdade, pois a Lava Jato monitorou o telefone de Orlando Diniz, que foi gravado conversando com Valim – não o contrário.
É preciso dizer que Valim virou suspeito depois de alertar Orlando sobre o risco de grampo. “Tem boi na linha”, disse Valim, levando o presidente da Fecomércio a reduzir drasticamente o uso do telefone.
A colunista também escreveu que Valim tinha contrato com a Fecomércio, presidida por Orlando Diniz. Outra vez a informação não bate.
Valim foi contratado por Orlando via Sesc/Senac num total superior a R$ 3 milhões – verbas federais.
Em depoimento ao MPF, a então gerente de governança contou que Valim não prestou os serviços ou não os prestou a contento. E que foi transferida de setor depois de se negar a assinar as notas. Ela disse também que o contrato com o advogado foi assinado com data retroativa.
Você provavelmente nunca ouviu falar em Rafael Valim, mas certamente conhece quem está por trás dessas ‘fake news’.
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