A esquerda está histérica com o Exército
A esquerda está histérica, para variar, porque, convocados pelo governo, os militares estão fazendo o seu trabalho no Rio de Janeiro e — oh, pecado capital — o general interventor na segurança pública do estado foi rígido na sua primeira entrevista coletiva, ao responder apenas a perguntas previamente endereçadas a ele. Como se fosse fazer diferença...
A esquerda está histérica, para variar, porque, convocados pelo governo, os militares estão fazendo o seu trabalho no Rio de Janeiro e — oh, pecado capital — o general interventor na segurança pública do estado foi rígido na sua primeira entrevista coletiva, ao responder apenas a perguntas previamente endereçadas a ele. Como se fosse fazer diferença.
Para a esquerda, é praticamente um prenúncio da volta do regime militar.
O Estadão, em editorial, restabelece a verdade:
“Os exageros são evidentes, mas vivemos numa época em que os exageros têm primazia em relação aos fatos. E os fatos são apenas estes: os militares não saem dos quartéis senão por ordem do presidente da República, que é civil, e a atuação das Forças Armadas na segurança pública do Rio de Janeiro, até este momento, está inteiramente respaldada pela legislação.
Convém lembrar que, se dependesse do Comando do Exército, os soldados não participariam de operações de segurança pública, para as quais não receberam treinamento e cujo potencial de desgaste para a instituição militar não é desprezível. Mais de uma vez, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, se queixou da constante convocação dos militares para esse tipo de missão, sem que os resultados compensassem os riscos e o esforço.
A tese de que o País está a testemunhar a volta da ditadura militar em câmera lenta, com a anuência ou mesmo cumplicidade do presidente da República, não deveria prosperar nem mesmo em assembleias estudantis e em reuniões de militantes partidários que veem golpistas em todo canto. Infelizmente, contudo, é em momentos conturbados como o atual que a histeria consegue se impor onde deveria prevalecer a razão.”
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