Gabinete de transição tem 29% de mulheres e negros ainda buscam espaço
De uma lista de 73 nomes apresentados para compor o gabinete de transição até esta sexta-feira (11), apenas 21 são mulheres — o que corresponde a 28,7% dos convidados. O número é maior do que a representação de mulheres em locais como a Câmara dos Deputados (que hoje tem 15% de parlamentares), mas ainda abaixo da promessa de Lula por paridade de gênero...
De uma lista de 73 nomes apresentados para compor o gabinete de transição até esta sexta-feira (11), apenas 21 são mulheres — o que corresponde a 28,7% dos convidados. O número é maior do que a representação de mulheres em locais como a Câmara dos Deputados (que hoje tem 15% de parlamentares), mas ainda abaixo da promessa de Lula por paridade de gênero.
A lista analisada por O Antagonista contempla nomes apresentados por Geraldo Alckmin nesta quinta-feira (10), além de outros já anunciados na semana passada. O próprio PT disse que uma lista oficial de todos os integrantes do gabinete de transição só será disponibilizado na próxima semana.
O Conselho Político da transição — formado por representantes dos partidos aliados ao futuro governo — conta com 14 integrantes, dos quais dois são mulheres: a presidente do grupo, Gleisi Hoffmann, e a representante do PCdoB, Luciana Santos.
Há grupos, contudo, nos quais as mulheres são maioria. Na Assistência Social, são três dos cinco representantes. No núcleo de políticas para mulheres, elas ocupam as seis cadeiras. Em grupos como Saúde, Indústria e Economia, no entanto, não foram apresentadas integrantes femininas até o momento.
No início do gabinete de transição, grupos ligados ao movimento negro reclamaram da falta de representatividade racial entre os selecionados. O gabinete correu para indicar novos nomes e um novo grupo próprio para discutir a igualdade racial, composto em sua maioria de pessoas negras.
Apesar de alguns elogios públicos à reação do gabinete de transição, a presença de negros entre os nomes confirmados ainda é tímida, com suas presenças restritas a três grupos. Há também a cobrança, por parte de lideranças negras, de que o grupo esteja presente em frentes de trabalho mais centrais.
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