Com Lula, mercado abandona apostas de juros mais baixos antes de junho
Os investidores abandonaram as expectativas de que os juros básicos no Brasil poderiam começar a cair na reunião de maio do Copom (Comitê de Política Monetária) após fala de Lula nesta manhã...
Os investidores abandonaram as expectativas de que os juros básicos no Brasil poderiam começar a cair na reunião de maio do Copom (Comitê de Política Monetária) após fala de Lula nesta manhã em encontro com aliados defendendo a ampliação de gastos para programas sociais. No dia seguinte ao resultado do segundo turno, a curva de juros futuros precificava uma Selic a 13,25% a.a. em maio, contra os atuais 13,75% a.a..
Hoje, porém, com dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) mais altos que o esperado e discurso do presidente eleito Lula apontando para mais gastos para atender programas sociais, o mercado zerou essa aposta e agora trabalha com a possibilidade do primeiro corte só acontecer no final de junho.
Os juros futuros hoje estão sofrendo a maior variação positiva nas taxas desde abril de 2020, no auge do pânico causado com a pandemia de Covid. Com perspectiva de juros mais altos por mais tempo, a B3 também tem uma sessão de forte aversão a risco. Às 12h30, o Ibovespa caía 2,5%, aos 110.752 pontos. O dólar, que tem um dia de desvalorização contra a maior parte das moedas do mundo, se valorizava 2,54% contra o real.
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