Integrantes do governo de transição defendem revogação da reforma do ensino médio
Integrantes do grupo de trabalho responsável pelas políticas de Educação do governo Lula têm defendido a revogação da reforma do ensino médio, instituída em 2017 durante o governo Temer...
Integrantes do grupo de trabalho responsável pelas políticas de Educação do governo Lula têm defendido a revogação da reforma do ensino médio, instituída em 2017, durante o governo Michel Temer.
A proposta nasceu por meio de uma Medida Provisória (MP) e é cara a alguns integrantes do MDB alinhados ao ex-presidente da República. O partido faz parte da transição e tem Simone Tebet como um de seus principais nomes na transição do governo Jair Bolsonaro para Lula.
O grupo teve sua primeira reunião nesta quarta-feira (9). Um primeiro diagnóstico diz respeito à necessidade de reajustar repasses sobre os valores da alimentação escolar e instituir um programa de recomposição da aprendizagem.
“Nenhuma fala [dos que participaram] defendeu a reforma do ensino médio. No mínimo, pretende-se aperfeiçoar a reforma”, disse Daniel Cara, professor da USP que integra o grupo de trabalho e é contra a reforma.
“É importante deixar isso claro, porque muitas pessoas estão achando que há quem defenda a reforma do ensino médio. No grupo de trabalho isso não aconteceu — ninguém defendeu a reforma do ensino médio [de Temer].”
Ele ressaltou que o grupo — hoje com cerca de 40 participantes — promove apenas diagnósticos para oferecer ao futuro ministro ou ministra, e responde por posições pessoais.
O que deve ser seguido, defende Cara, é a aplicação sistêmica do Plano Nacional de Educação (PNE), contemplando da educação básica à pós-graduação.
Apesar de menos lembrada que a reforma trabalhista — a principal aprovada por Temer ao longo de seus dois anos e meio no cargo — o texto sobre o ensino médio foi lembrado com carinho pelo ex-presidente durante a campanha eleitoral.
Ele chegou a cobrar que Simone Tebet, enquanto esta era candidata a presidente pelo partido, deveria defender o legado de seu mandato. Entre eles, a mudança na área da Educação.
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