MP pede ao TCU a suspensão de consignado do Auxílio Brasil
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu na tarde desta terça-feira (18) que a corte suspenda o empréstimo consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil. No despacho, o subprocurador Lucas Furtado (sempre ele) alega desvio de finalidade da Caixa Econômica Federal...
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu na tarde desta terça-feira (18) que a corte suspenda o empréstimo consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil.
No despacho, o subprocurador Lucas Furtado (sempre ele) alega desvio de finalidade da Caixa Econômica Federal (CEF) e afirma que o objetivo da concessão do empréstimo consignado seria beneficiar a campanha de reeleição de Jair Bolsonaro.
“Com efeito, não é desarrazoado supor […] que o verdadeiro propósito dessas ações, ou pelo menos da forma como elas vem sendo conduzidas, seja o de beneficiar eleitoralmente o atual Presidente da República e candidato à reeleição. As ações, além de se dar com agilidade inesperada e muito provavelmente de maneira açodada, se organizam, conforme revela a reportagem, de modo a alcançar sobretudo mulheres, parcela do eleitorado na qual o Presidente Jair Bolsonaro encontra resistência“, diz trecho do despacho do subprocurador.
Furtado (foto) pede medida cautelar para que a CEF, independentemente de eventuais arranjos legais e infralegais, se abstenha de realizar novos empréstimos consignados para os beneficiários do Auxílio Brasil até que o TCU se manifeste definitivamente sobre o tema.
Desde o dia 11 de outubro, os beneficiários do Auxílio Brasil podem pegar empréstimo consignado com juros de 3,45% ao mês na Caixa Econômica Federal. Os juros de 3,45% ao mês equivalem a 41,4% ao ano. Segundo a vice-presidente de Negócios de Varejo da Caixa, Thays Cintra, a taxa é maior que a de outros modelos de crédito consignado por tratar-se de um produto novo.
Veja aqui a íntegra do despacho do MPTCU
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