Em um “acordo de cavalheiros”, o Senado deve deixar caducar a MP 1118/22 que desonera tributos sobre combustíveis e energia.

A estratégia visa evitar o desgaste de enfrentar os jabutis incluídos pela Câmara no texto. As emedas inseridas pelos deputados gerariam um aumento de 5,7% na conta de luz, o que não foi bem-visto pelos senadores e poderia comprometer aliados que buscam renovar o mandato na Casa.

A votação desta MP estava inicialmente prevista para a quinta-feira (22), mas foi adiada para a próxima semana. Terça (27) é a data-limite para ela seja analisada antes de perder validade.

A próxima semana é a última da campanha eleitoral.

O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mantém, desde a noite da quarta-feira (21), conversas com o relator da matéria, Acir Gurgacz (PDT-RO), e com o líder do governo na Casa, senador Carlos Portinho (PL-RJ), no sentido de deixar a matéria caducar.

Segundo interlocutores ouvidos por este site, “só um milagre salva a MP”.

Como adiantou O Antagonista o relatório trabalhado por Gurgacz tenda a suprimir as emendas da Câmara. Portinho, por outro lado, chegou a apresentar um requerimento à Mesa Diretora pedindo a impugnação das alterações feitas pelos deputados.