Em seminário nesta terça (20), Jair Bolsonaro (foto) repetiu ataques ao STF e disse que uma decisão do TSE contra um de seus aliados foi mais severa que o AI-5, medida de 1968 que fechou o Congresso e instaurou a fase mais repressiva da ditadura militar no Brasil.

O presidente, que hoje está nos EUA e fez o discurso inicial da Assembleia-Geral da ONU, participou por videoconferência de um evento da Abras, a Associação Brasileira de Supermercados.

Bolsonaro voltou a criticar a operação da PF, autorizada por Alexandre de Moraes, que mirou empresários bolsonaristas acusados de compartilhar mensagens golpistas —como publicamos, o ministro do STF e presidente do TSE baseou-se apenas em uma reportagem para decretar busca e apreensão e quebras de sigilo dos empresários.

“Fico indignado quando vejo páginas sendo derrubadas, fico indignado quando vejo empresários sendo investigados por troca de mensagens em um site privado deles. Como aconteceu com Meyer Nigri, Luciano Hang. Sendo tratados como pessoas bandidas, sofrendo visita da Polícia Federal em casa”, disse o presidente, conforme o relato de O Globo.

Em seguida, ele citou o caso de Fernando Francischini, deputado estadual bolsonarista do Paraná cassado pelo TSE após divulgar fake news sobre as urnas eletrônicas.

“Fico indignado quando vejo parlamentares, por mais que tenham falado o que não devia —mas parlamentar tem imunidade por palavras, opiniões e votos—, sendo presos por causa disso, tendo mandato cassado sem qualquer critério. Nem o AI-5 cassava gente como foi cassado esse deputado, o Francischini.”