A guerra da Folha contra o Facebook: “A radicalidade do jornal merece ser apoiada”
A guerra da Folha contra o Facebook é aberta. Depois de o jornal anunciar que não usaria mais a rede social para divulgar as suas notícias, a ombudsman Paula Cesarino Costa escreveu o seguinte: "Os críticos mais enfáticos de Mark Zuckerberg, criador do Facebook, simplesmente dizem que ele quebrou o jornalismo...
A guerra da Folha contra o Facebook é aberta.
Depois de o jornal anunciar que não usaria mais a rede social para divulgar as suas notícias, a ombudsman Paula Cesarino Costa escreveu o seguinte:
“Os críticos mais enfáticos de Mark Zuckerberg, criador do Facebook, simplesmente dizem que ele quebrou o jornalismo. Ao lado do Google, apoderou-se de quase dois terços da publicidade que financiava a imprensa. Há os que o acusam de reduzir o hábito de leitura de seus usuários e de manipulá-los psicologicamente para que permaneçam engajados em suas páginas.
O Facebook reúne hoje 2 bilhões de usuários e lucra na faixa de US$ 10 bilhões. Tornou-se o editor mais poderoso do mundo, como definiu a revista ‘The Atlantic’. No início, estimulou parcerias com a de mídia. Agora, mudou o algoritmo que define o parâmetro para a alimentação das páginas. ‘Ninguém sabe exatamente o impacto que terá, mas de muitas maneiras, parece o fim da era das notícias sociais’, disse Jacob Weisberg, editor-chefe da ‘Slate’, ao ‘The New York Times’.
O editor-executivo da Folha, Sérgio Dávila, acusa o Facebook de abrir espaço para a proliferação de notícias falsas, ao banir o jornalismo profissional de suas páginas.
No contexto de luta pela sobrevivência e pela valorização da notícia verdadeira, a radicalidade da Folha merece ser apoiada.”
O Antagonista apoia a Folha, mas continua no Facebook. Por um motivo simples: não dá para sair do mundo, mesmo que a gente não goste do mundo ou o mundo não goste da gente.
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