Carteira Lula x carteira Bolsonaro: qual foi melhor até aqui?
No dia 30 de maio, nós iniciamos um exercício em nossa mesa de Análise, elaborando uma carteira que possivelmente se beneficiaria com a reeleição de Bolsonaro e outra que teria um desempenho melhor, caso o Lula se tornasse o próximo mandatário...
No dia 30 de maio, nós iniciamos um exercício em nossa mesa de Análise, elaborando uma carteira que possivelmente se beneficiaria com a reeleição de Bolsonaro e outra que teria um desempenho melhor, caso o Lula se tornasse o próximo mandatário. Três meses se passaram de lá para cá e, neste Relatório Especial, você saberá qual das duas carteiras foi melhor até aqui.
Iniciaremos pela carteira do atual presidente que, neste período, teve uma valorização de 10,6% contra o Ibovespa que, por sua vez, teve alta de apenas 1,16%, mostrando uma larga vantagem para quem seguiu a estratégia de alocar capital nas ações que consideramos obter um melhor resultado, caso Jair Bolsonaro tenha um desempenho superior neste período eleitoral.
As ações que selecionamos para a carteira Bolsonaro foram: Petrobras, Banco do Brasil, Eletrobras, Taurus, Rumo e EcoRodovias.
A ação de melhor performance foi a Petrobras com uma valorização de 41,19% no período:
Quem apostou até aqui que o candidato do Partido dos Trabalhadores teria uma performance superior também obteve grande vantagem frente ao principal índice da Bolsa de Valores. A carteira de ações que selecionamos, com possibilidade de ter melhor desempenho com a vitória do ex-presidente Lula, teve até aqui uma performance de 19,54%, um desempenho 18% superior ao Ibovespa.
O principal destaque da carteira Lula foi a M. Dias Branco, uma fabricante de biscoitos que tem seu maior mercado na região Nordeste:
Claro, é preciso comentar que o petróleo teve queda de 17% nestes três meses, o que tira a pressão de intervenção nas ações da petroleira. Mesmo mais barato, a commodity ainda permanece em um patamar bastante elevado, permitindo que a Petrobras tenha uma forte geração de caixa e que tenha pagado dividendos muito generosos, o que ajudou a carteira Bolsonaro. Na outra ponta, precisamos destacar que a queda no preço do trigo ajudou a M. Dias Branco a reportar um ótimo resultado referente ao segundo semestre de 2022.
Mas, afinal, qual carteira foi melhor? Lula ou Bolsonaro?
Como você já deve ter percebido, apesar de as duas carteiras terem trazido retornos muito acima da média do mercado (Ibovespa), a carteira que selecionamos referente ao Lula teve um desempenho geral superior de 19,54% versus 10,61% da carteira Bolsonaro.
Veja a comparação no quadro abaixo:
Lembrando que o período eleitoral ainda não acabou e, assim como nas eleições, podemos observar reviravoltas. Além disso, este é um exercício teórico e existem outros fatores que contribuem para a valorização ou para a queda das ações destas empresas que não estão necessariamente ligadas às questões eleitorais.
Agora, se você tiver interesse em entender melhor como conseguimos elaborar carteiras que conseguem performar muito acima da média do mercado, convidamos você a participar do primeiro Inv Talks, em parceria com O Antagonista, que ocorrerá em 12 setembro em São Paulo. Para saber todos os detalhes, clique aqui.
João Abdouni, analista CNPI na Inv Publicações.
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