Assessores de Cristiane Brasil pagaram a traficantes para fazer campanha, dizem denunciantes
O Estadão teve acesso ao teor do inquérito policial que apura a associação de Cristiane Brasil (PTB-RJ) ao tráfico. Os nomes dos denunciantes foram preservados. De acordo com eles...
O Estadão teve acesso ao teor do inquérito policial que apura a associação de Cristiane Brasil (PTB-RJ) ao tráfico. Os nomes dos denunciantes foram preservados.
De acordo com eles, assessores de Cristiane – que na época era vereadora licenciada e comandava uma secretaria municipal na gestão Eduardo Paes (PMDB) – pagaram a traficantes para ter “direito exclusivo” de fazer campanha na região.
“O inquérito investiga também se líderes comunitários foram coagidos pelos criminosos a fazer campanha eleitoral. Nas denúncias há referências a ‘Zezito’, apontado como chefe do tráfico das comunidades Vila Primavera, Parque Silva Vale e JJ Cowsert, localizadas no bairro de Cavalcanti.”
Segundo um dos denunciantes, os traficantes chegaram “ao absurdo de levarem as presidentes das associações do bairro para conversar com o chefão do morro porque elas não queriam trabalhar para a vereadora (Cristiane)”.
“A intenção dele (assessor) era que o chefão fosse mandar dar uma surra nelas e obrigá-las a trabalhar para a vereadora ou, em caso de recusa, até mesmo matá-las.”
Uma líder comunitária relatou na investigação formal que foi ameaçada porque não participou de panfletagem da campanha da filha de Roberto Jefferson.
Um dos assessores de Cristiane à época foi acusado de invadir casas dos moradores para a retirada de cartazes de outros políticos por ordem de Zezito.
O jornal informa que Cristiane não se candidatou em 2010, mas naquele ano apoiou a candidatura de Vinicius – então seu cunhado – à reeleição.
“Ela se candidatou e foi eleita deputada em 2014. Cristiane e Vinicius negam todas as acusações.”
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