Depoimentos de ex-assessores de Gabriel Monteiro têm sigilos suspensos
Os 12 depoimentos colhidos no processo de cassação do vereador Gabriel Monteiro no Conselho de Ética da Câmara do Rio de Janeiro tiveram sigilo suspenso na última sexta-feira (12). Na semana passada, após 128 dias de trabalho, os sete vereadores do colegiado aprovaram por unanimidade a cassação do ex-PM e youtuber...
Os 12 depoimentos colhidos no processo de cassação do vereador Gabriel Monteiro no Conselho de Ética da Câmara do Rio de Janeiro tiveram sigilo suspenso na última sexta-feira (12). Na semana passada, após 128 dias de trabalho, os sete vereadores do colegiado aprovaram por unanimidade a cassação do ex-PM e youtuber, que responde por quebra de decoro parlamentar.
Em seu depoimento, Vinícius Hayden Witeze, ex-assessor do vereador, contou ao conselho que Gabriel era responsável pelos roteiros dos vídeos que produzia para as redes sociais e que a intenção do político nunca foi social.
“Ele fala assim: ‘Eu quero uma pessoa negra, eu quero uma pessoa com cabelo desgrenhado, eu quero uma pessoa com aspecto de pobreza’ […] A finalidade do vídeo não era o social. Nunca foi o social. O fim do vídeo era a monetização. Então, quanto mais triste ele criasse uma narrativa, quanto pior fosse essa história, melhor seria porque iria viralizar o vídeo, e ele iria lucrar muito mais”, afirmou Witeze, que morreu dias depois do depoimento em um acidente de carro, em maio.
Luíza Caroline Bezerra Batista, que trabalhou por sete meses com o vereador como atriz e roteirista nas produções, falou à comissão sobre a jovem filmada por Gabriel Monteiro durante relações sexuais.
“Eu tenho foto com ela [a adolescente]. Sempre frequentou [a casa de Gabriel Monteiro]. Tanto é que, às vezes, chegava no estúdio onde a gente estava fazendo reunião […] O Rick Dantas [chefe de gabinete do vereador] colocava até a música da ‘Galinha Pintadinha’ para ela, porque ela era menor de idade, ela era criança”, afirmou Luíza.
Gabriel Monteiro admitiu ao Conselho de Ética que filmar menor em relações sexuais é crime, mas disse acreditar que foi induzido ao erro.
A perda do mandato do vereador deve ser submetida ao Plenário da Câmara do Rio de Janeiro amanhã (16). Serão necessários 34 votos — dois terços dos vereadores — para concluir a cassação.
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