Argentina vive caos econômico com a manutenção do peronismo
Com uma inflação acumulada de 71% em 12 meses, a Argentina passa por um período de caos econômico e avanço da pobreza. Em cinco anos, a quantidade de argentinos que viviam abaixo da linha da pobreza, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas do país, passou de 17,9% para 37,5%...
Com uma inflação acumulada de 71% em 12 meses, a Argentina passa por um período de caos econômico e avanço da pobreza. Em cinco anos, a quantidade de argentinos que viviam abaixo da linha da pobreza, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas do país, passou de 17,9% para 37,5%.
Desde o início de julho, o presidente peronista Alberto Fernández trocou de ministro da Economia duas vezes. No mesmo período, o dólar paralelo oscilou de 239 a 316 pesos.
A principal razão para o descontrole é o crescimento do déficit fiscal do país. Como a Argentina gasta muito mais do que arrecada, o governo de Alberto Fernández recorre à impressão de dinheiro para honrar seus compromissos com a base de apoio peronista.
Em junho, o déficit fiscal argentino aumentou 691% na comparação com o mesmo mês de 2021, resultado que impulsiona a alta dos preços e expõe o descontrole das contas públicas.
Com o aprofundamento da crise econômica, a popularidade de Alberto Fernández, que chegou a bater 67%, está em torno de 21%, uma das mais baixas entre os governantes da América Latina.
As origens da decadência econômica argentina remontam à ascensão de Juan Domingo Perón ao poder, em 1946, que produziu uma espécie de revolução social baseada na bonança de recursos externos. “Todos os governos que se seguiram tentaram, de um jeito ou de outro, reproduzir essa receita e recriar o mito de Perón. Mas, como não tinham condições para fazer isso, entraram em crise”, afirmou ao Estadão o comentarista do diário La Nación, Carlos Pagni.
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