Luiz Felipe D’Avila: um voto para jamais se envergonhar
Em artigo para O Antagonista, o presidenciável Luiz Felipe D'Ávila (Novo) pede ao eleitor que reflita sobre o chamado "voto útil". "Para os políticos profissionais, aqueles que há décadas estão no poder, perpetuando a república de 'gente nossa', o corporativismo dos cargos públicos, os feudos de privilégios e as emendas secretas, o voto útil é um cheque em branco que recebem para que sigam fazendo o que sempre fizeram."...
Em artigo para O Antagonista, o presidenciável Luiz Felipe D’Ávila (Novo) pede ao eleitor que reflita sobre o chamado “voto útil”. “Para os políticos profissionais, aqueles que há décadas estão no poder, perpetuando a república de ‘gente nossa’, o corporativismo dos cargos públicos, os feudos de privilégios e as emendas secretas, o voto útil é um cheque em branco que recebem para que sigam fazendo o que sempre fizeram.”
Segundo ele, na democracia do voto útil, a escolha dos candidatos por ódio ou repulsa a algum outro candidato, nos faz cada dia mais reféns.
“Troca partido, troca nome, troca comando, mas as práticas são as mesmas. E não são nada úteis ao pagador de impostos, àquele cidadão que só é lembrado na hora pagar a conta das irresponsabilidades populistas. Seja no governo petista, seja no bolsonarista, a regra é a mesma: nós pagamos o preço do populismo. A conta sempre vem.’
Leia a íntegra:
“Você lembra em quem votou na última eleição para presidente da República? Você realmente se orgulha ou se envergonha do seu voto de 2018?
A partir dessa reflexão, quero que a gente pense sobre a eleição de 2022. Este pleito é uma nova (e talvez derradeira) chance de construirmos o Brasil que queremos. Se continuarmos a eleger corruptos e incompetentes, o Brasil jamais vai sair do atoleiro do baixo crescimento, da impunidade e da pobreza. Nós temos que ter coragem e assumir o compromisso de não mais votar para derrotar alguém. A gente precisa votar para eleger alguém!
Não existe milagre: o voto determina o futuro do país. Numa democracia, nós somos fruto das nossas escolhas. Quais as escolhas temos feito enquanto nação? Todo político chega ao poder por meio do voto. Alguém foi a urna e digitou o número do Lula, da Dilma, do Bolsonaro, do Arthur Lira, do Ciro Nogueira… Nossos votos têm sido por escolha baseada em ideias e virtudes, ou contra A ou B?
É preciso ver a realidade e, a partir dela, entender realmente o que é um voto útil. Para os políticos profissionais, aqueles que há décadas estão no poder, perpetuando a república de “gente nossa”, o corporativismo dos cargos públicos, os feudos de privilégios e as emendas secretas, o voto útil é um cheque em branco que recebem para que sigam fazendo o que sempre fizeram.
Na democracia do voto útil, a escolha dos candidatos por ódio ou repulsa a algum outro candidato, nos faz cada dia mais reféns. Troca partido, troca nome, troca comando, mas as práticas são as mesmas. E não são nada úteis ao pagador de impostos, àquele cidadão que só é lembrado na hora pagar a conta das irresponsabilidades populistas. Seja no governo petista, seja no bolsonarista, a regra é a mesma: nós pagamos o preço do populismo. A conta sempre vem.
Como bem diz o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, “o carrapato tornou-se maior que o boi”. E o voto do mal menor será a perpetuação da República dos Carrapatos. É o que queremos? Será que o Brasil só tem duas opções: rachadinha ou do petrolão?
Não existe a menor chance de o Brasil dar certo, voltar a crescer e criar um Estado eficiente com Lula ou Bolsonaro na presidência da República. Não há nenhuma hipótese de a democracia sair fortalecida das urnas se o país for governado pelos responsáveis por fomentar a polarização, o radicalismo e o Brasil do “nós e eles”. Escolher essa falsa polarização é o voto mais útil que conhecemos para a perpetuação de práticas que nos envergonham como nação perante o mundo.
Só há uma maneira de destronar os carrapatos da política e eleger bons governantes, comprometidos com resultado e entrega da gestão pública. Esse instrumento é o voto consciente. Não caia na falsa ideia de que só temos dois nomes a escolher. Na verdade, esses dois nomes representam o mesmo. Nem melhor, nem pior, o mesmo.
Mudar o Brasil requer coragem, determinação, ousadia e competência. Somente assim os governantes poderão criar um Estado eficiente, capaz de prestar serviço de qualidade para o cidadão e fazer o Brasil ser a potência que pode ser.
Chega de populistas, de autoengano e do mal menor! É hora de escolher o melhor e não o menos pior. Foi assim que os mineiros deram um basta à polarização do PT e PSDB em 2018, e elegeram Romeu Zema governador. Em Minas, não teve voto útil. Teve voto consciente. Os mineiros votaram com coragem e colheram o resultado.
E que a gente não esqueça: o melhor cabo eleitoral de um populista de esquerda é ter como seu principal adversário um populista de direita. Mas se a escolha consciente de votar no melhor candidato no primeiro turno prevalecer, o populismo será derrotado no segundo turno.
O voto consciente pode dar ao Brasil no ano do bicentenário da sua Independência, as virtudes que o populismo destruiu: a volta da paz, da civilidade, da democracia plena e da retomada do crescimento econômico, do investimento, do emprego e da renda. Esses são os fundamentos para construirmos um país mais livre, justo e próspero.”
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