‘Bolsonaro vender área para o Mengão seria crime’, diz Paes, sobre novo estádio
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), tem defendido a construção do estádio do Flamengo. Apesar de ter sugerido um terreno em Deodoro, ele considera o Gasômetro um espaço viável e com estrutura para o empreendimento...
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), tem defendido a construção do estádio do Flamengo. Apesar de ter sugerido um terreno em Deodoro, ele considera o Gasômetro um espaço viável e com estrutura para o empreendimento. Em meio à discussão, a presidente da Caixa, Daniella Marques, tem afirmado que o banco estatal não deve doar o terreno no antigo Gasômetro, no centro do Rio, para a construção do estádio.
Em entrevista ao jornal O Globo, Paes alfinetou Jair Bolsonaro (PL), que recentemente, Bolsonaro falou “em atender o Flamengo” após ser questionado sobre o estádio no Gasômetro e cutucou o prefeito. Segundo Paes, a transação entre Flamengo e Caixa não se trata apenas do valor do terreno, mas também do potencial construtivo que influi no valor final. Esse potencial é estabelecido pela prefeitura, que define se no local pode-se construir uma casa ou um prédio de 50 andares, caso do Gasômetro.
“Eu sempre vejo Deodoro como uma solução do ponto de vista burocrático e institucional mais simples. É uma área muito grande que pertence ao Exército Brasileiro com um baixo valor econômico, com baixo potencial construtivo, o que facilitaria muito, por exemplo, uma doação do presidente Bolsonaro. Por parte da prefeitura não tem o menor problema em ver o estádio ser construído no Gasômetro. […] No caso do Gasômetro, ao contrário do que o presidente Bolsonaro imagina, precisa sim da autorização da prefeitura”, disse o prefeito, que recentemente declarou voto em Lula (PT).
Paes afirmou que aceita transferir esse potencial para outra região, para que a Caixa não tenha perdas.
“O potencial construtivo que tem aquela área é da prefeitura. Provavelmente a Caixa vai precisar muito da prefeitura para resolver a situação. […] Aquele terreno vale muito. Quem comprou foi a prefeitura. […] Eu não sei qual o pleito da Caixa [sobre a transferência]. Mas eu transfiro. Vou assinar essa transferência ao lado do presidente Bolsonaro para ajudar o Mengão, autorizando a ele a ceder a área. Agora, tem que ceder a área, não pode querer vender pro Mengão porque seria um crime isso”, disse Paes, que também afirmou durante a entrevista que “o Flamengo precisa de um estádio para chamar de seu”.
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