Todos os meus 17 seguidores e meio (não esqueçam do anão, coitado) sabem que o Brasil não é um país para amadores. Nem para profissionais, de onde se conclui que o país, por falta de mão de obra, deveria ser abandonado. Principalmente agora, quando está à deriva e até o navio já abandonou os ratos. Eu mesmo, Agamenon Mendes Pedreira, se tivesse algum dinheiro já teria me mudado para Portugal ou Miami. Mas eu não sei falar português e teria muita dificuldade em me estabelecer no simpático país luso-cutruco ou na ensolarada Barra da Tijuca americana, quer dizer,  estadunidense. Eu sei que prometi jamais escrever essa abominável palavra “estadunidense”, mas, assim como os políticos, não cumpro minhas promessas. 

O saudoso Tim Maia dizia que no Brasil prostituta goza, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita. Se estivesse vivo, o obeso soulman acrescentaria que até anestesista estupra e segurança mata. “Devido de que” a essa confusão mental e elasticidade moral, vamos ter que decidir, daqui a três meses, se o próximo presidente vai ser um ex-presidiário ou um futuro condenado. E o que é pior: o clima de radicalização polarizada tende a piorar, se é que isso é possível. Nesta semana, um bolsonarista radical (se é que existe algum bolsonarista pacífico…) assassinou um petista que estava comemorando seu aniversário. Tanto a vítima quanto o agressor eram seguranças, a única profissão que cresce no Brasil, além dos stand-ups e dos ex-BBBs. É claro que a culpa dessa barbárie é do presidente Bolsonarma, adepto da boçalidade generalizada. Se pudesse, Jair Bolsonazi cancelaria pessoalmente o CPF de todos aqueles que são contra ele; o problema é que isso dá mais de 100 milhões de pessoas. Ele tentou com a pandemia, mas, graças às vacinas, não conseguiu. E é por isso que está se candidatando à reeleição: pra completar o “sirviço”.

Bom, pelo menos vão começar a distribuir dinheiro com a PEC kamikaze, e eu já entrei na fila da Caixa Econômica pra pegar meus 600 reais. Infelizmente quem estava atrás de mim era o priápico ex-presidente Pedro M@#$erdalhães, que se esfregava libidinosamente no meu traseiro. Por que é que um tarado desses não seguiu uma outra profissão, como a de anestesista? É por isso que eu não vou mais a médico: além de ser assaltado com o valor das consultas, você ainda corre o risco de ser estuprado. Por isso prefiro me consultar com feiticeiros, médiuns e homeopatas. Sei que vou continuar doente, mas desde que eu não morra, tudo bem… o meu plano de saúde não cobre nem a cova onde serei enterrado.

Agamenon Mendes Pedreira é contra tudo que aí está e o que não está também.