Lula politizou seu julgamento
Nem Lula, nem Lava Jato. O editorial da Folha de S. Paulo sobre o julgamento no TRF-4 é o mais clássico nem-nem...
Nem Lula, nem Lava Jato.
O editorial da Folha de S. Paulo sobre o julgamento no TRF-4 é o mais clássico nem-nem.
Leia um trecho:
“Ainda que natural em alguma medida, dadas as dimensões do personagem, a politização do processo rompeu os limites do razoável –com o impulso decisivo do próprio réu, claro, mas não só dele.
Sentenciado em primeira instância a nove anos e seis meses de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula tem todo o direito de se dizer inocente e criticar a decisão da Justiça. Sua pregação, porém, é de outra natureza.
O líder petista, que misturou a defesa de sua biografia e a pretensão de candidatar-se novamente à Presidência, insufla a militância com a tese tresloucada de que é vítima de uma conspiração tramada pelas instituições jurídico-policiais e pela imprensa (…).
Do lado oposto, há decerto um sentimento antilulista, por vezes radicalizado, que se fortaleceu nos anos de desastre econômico e investigações da Lava Jato (…).
Réu em outra meia dúzia de ações, Lula conta com a intenção de voto de um terço dos eleitores, o que o torna, absolvido ou não, ator central na disputa pelo Planalto. Nem isso nem a preferência dos que querem vê-lo preso afetam, porém, a legitimidade da sentença que se aguarda nesta quarta-feira.”
A politização do julgamento só ocorreu porque Lula pensou em escapar da cadeia refugiando-se no Palácio do Planalto, com a imunidade presidencial.
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