Bernardinho cobra reforma do Estado e coragem dos candidatos
Cotado para disputar o governo do Rio de Janeiro e até a presidência da República, Bernardinho prega no Globo, em artigo a quatro mãos com o advogado Marcelo Trindade, a necessidade da reforma do Estado a partir das eleições de 2018, além de coragem e clareza dos candidatos. Eis um trecho...
Cotado para disputar o governo do Rio de Janeiro e até a presidência da República, Bernardinho prega no Globo, em artigo a quatro mãos com o advogado Marcelo Trindade, a necessidade da reforma do Estado a partir das eleições de 2018, além de coragem e clareza dos candidatos.
Eis um trecho:
“(…) Às questões mais presentes no debate público — como a reforma da Previdência e a privatização de estatais — devem somar-se outras, como a extinção de subsídios, a adequada regulação dos serviços públicos concedidos e a prestação de serviços de saúde e educação de qualidade, geridos modernamente, oferecidos gratuitamente a quem não possa por eles pagar e mediante cobrança justa a quem possa.
O funcionalismo público é um caso à parte, e de extrema relevância na demonstração de coragem dos candidatos. É fundamental realizar uma radical alteração de paradigma, reduzindo-se ao mínimo os cargos de confiança, vinculando parte relevante da remuneração a resultados mensuráveis e estabelecendo planos de carreira em que os salários cresçam à medida em que aumente a eficiência e a satisfação de quem usa os serviços públicos — inclusive no campo vital da segurança. Um modelo em que a carreira pública volte a ser um plano de vida e de realização dos mais elevados valores da cidadania, e não um objetivo egoísta tido por alcançado com a mera aprovação no concurso.
Haverá muitos custos na transição de um Estado sequestrado para um Estado eficiente, e isto também precisa ser discutido às claras. (…)
Refundar o Estado brasileiro, em todas as suas dimensões, é tarefa árdua (…). Mas se este e outros temas relevantes forem debatidos com coragem nas campanhas de 2018, os compromissos dos eleitos, sejam quem forem, serão irreversíveis, e o Brasil reafirmará a sua vocação democrática.”
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