UE confere à Ucrânia status de “candidato” a ingressar no bloco
Chefes de Estado e de governo da União Europeia anunciaram nesta quinta-feira (23), durante reunião de dois dias do Conselho Europeu, que conferiram à Ucrânia o status de "candidato" a ingressar no bloco...
Chefes de Estado e de governo da União Europeia anunciaram nesta quinta-feira (23), durante reunião de dois dias do Conselho Europeu, que conferiram à Ucrânia o status de “candidato” a ingressar no bloco.
“Hoje é um bom dia para a Europa […] Esta decisão fortalece a todos nós. Fortalece a Ucrânia, a Moldávia e a Geórgia, diante do imperialismo russo. E fortalece a UE”, disse a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen.
O status de candidato não significa que o ingresso da Ucrânia no bloco será tão rápido.
Com base na última grande expansão da UE, que incluiu países do centro-leste europeu em 2004, estima-se que leve mais de uma década para que a Ucrânia cumpra as reformas exigidas, no tocante a estado de Direito, livre mercado e direitos humanos, para ingressar no bloco.
A decisão desta quinta-feira, porém, serve de símbolo da oposição da UE à invasão militar da Rússia, que ocorre em escala nacional desde fevereiro mas persiste ininterruptamente desde 2014, com a ocupação da Crimeia.
Também foi aprovado o status de “candidato” para a Moldávia e, sob condições, para a Geórgia, outros dois países ameaçados pela Rússia.
Parte do território moldavo, na fronteira do país com a Ucrânia, é ocupado por saudosistas da União Soviética apoiados militarmente pela Rússia. Trata-se da Transnístria, um Estado de facto sem reconhecimento internacional, nem de Moscou.
Já a Geórgia conta com duas republiquetas apoiadas e reconhecidas pelo governo russo, a Abecásia e a Ossétia do Sul, frutos da invasão militar russa de 2008, que se deu em molde semelhante ao atual cenário ucraniano.
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