Conselheiro da Petrobras propõe congelamento dos preços por 45 dias
Em meio à crise institucional que sucedeu o último anúncio de aumento dos combustíveis pela Petrobras, o conselheiro da estatal Francisco Petros escreveu uma carta divulgada nesta sexta-feira (17) propondo o congelamento dos preços...
Em meio à crise institucional que sucedeu o último anúncio de aumento dos combustíveis pela Petrobras, o conselheiro da estatal Francisco Petros escreveu uma carta divulgada nesta sexta-feira (17) propondo o congelamento dos preços.
Na carta, endereçada ao ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida, ao ministro-chefe da Casa Civil Ciro Nogueira, e ao presidente da Petrobras José Mauro Coelho, o conselheiro propõe congelar o preço dos combustíveis por 45 dias como medida para superar a atual crise.
“Na condição de conselheiro independente de administração da Petrobras, venho lançar a proposta de que se restabeleça um ambiente mais propício para o diálogo em torno do difícil tema dos aumentos dos preços de combustíveis”, escreve Petros.
“Que seja formada um grupo de trabalho com TODOS (sic) os agentes do mercado de combustíveis e membros do governo para estudar fórmulas que permitam o funcionamento do mercado em bases sustentáveis […] no prazo de 45 dias […] Durante o transcurso deste prazo a Petrobras se comprometeria a não reajustar os preços dos combustíveis”, desenvolve.
Em troca, ele pede a garantia de permanência de todos os membros do atual conselho de diretores da estatal.
“Em sinal de boa-fé e de pleno entendimento do que aqui se propõe, a União Federal manteria a governança atual da companhia sem qualquer alteração de sorte seja preservado o bom andamento da gestão e administração da Petrobras”, disse.
“Aqui vale registrar que a alteração da governança, recentes e a atual, tem sido um fator de enorme instabilidade para a gestão da empresa e para a própria solução do tema dos aumentos dos preços de combustíveis”, ressaltou.
Mantendo o tom de apaziguamento, Petros destaca a guerra na Ucrânia e a instabilidade no mercado internacional como principais culpados da crise nos preços dos combustíveis.
“É notório o difícil momento pelo qual passa o setor de petróleo, fruto das instabilidades geopolíticas decorrentes da guerra entre a Ucrânia e a Rússia e seus consequentes efeitos setoriais para o segmento de petróleo, em particular, e de energia, em geral”.
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