Em mensagens, filha de ministro do STJ diz que pai defendeu invasão ao STF
A advogada Anna Carolina Noronha, filha do ministro do STJ João Otávio de Noronha (foto), afirmou, em diálogos encontrados pelo MPF no celular apreendido do empresário Marconny Faria, que o pai defendeu...
A advogada Anna Carolina Noronha, filha do ministro do STJ João Otávio de Noronha (foto), afirmou, em diálogos encontrados pelo MPF no celular apreendido do empresário Marconny Faria, que o pai defendeu a invasão do STF durante o governo de Dilma Rousseff, segundo o Metrópoles.
De acordo com o site, a afirmação da filha de Noronha, conhecida como Nina Noronha, foi feita em março de 2016, durante um diálogo no WhatsApp com Marconny, que é alvo de inquérito do MPF por suspeita de fraudes em licitações no Pará e investigado também pela CPI da Covid.
Na ocasião, Anna afirmou que o pai considerava o STF “corrompido” e seus ministros “comprados”, enquanto relatava a Marconny a indignação de Noronha com a indicação de Lula para ministro da Casa Civil do governo de Dilma. À época, foram registrados protestos em frente ao Palácio do Planalto e na Esplanada dos Ministérios, e a polícia teve que intervir quando houve tentativa de invadir a rampa do Congresso Nacional.
“O meu Pai falou (que) os manifestantes deviam sim ter invadido. O palácio. O srf (STF). Pq não há mais instituição. O stf tá corrompido”, disse.
Ela não desmentiu a informação. Em nota, Anna disse apenas não se recordar das conversas e afirmou que seus diálogos privados não refletem a opinião do ministro, que chegou a ser cotado por Bolsonaro para o STF. Procurado pelo site, o ministro João Otávio Noronha negou ter defendido a invasão ao STF ou ao Planalto. Em nota, ele afirmou:
“Nunca preguei ou defendi a invasão do STF. E jamais o faria por atentar contra a democracia e por ser um ato de desrespeito à Corte Suprema do Brasil. Tenho pelo Supremo e pelos ministros que o integram o mais profundo sentimento de respeito e admiração. Minha manifestação na sessão da turma foi em defesa da Corte Superior a que pertenço, que estava sendo injustamente atacada.”
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