Bolsolão do lixo
Reportagem publicada neste domingo no Estadão mostra que o investimento federal com coleta de lixo virou foco de despesas milionárias crescentes e desproporcionais nos últimos anos. A compra de caminhão compactador de lixo disparou em 2020, ano da consolidação do casamento do governo Jair Bolsonaro com o Centrão...
Reportagem publicada neste domingo no Estadão mostra que o investimento federal com coleta de lixo virou foco de despesas milionárias crescentes e desproporcionais nos últimos anos. A compra de caminhão compactador de lixo disparou em 2020, ano da consolidação do casamento do governo Jair Bolsonaro com o Centrão.
A compra e distribuição de caminhões de lixo para pequenas cidades saltaram de 85 para 488 veículos de 2019 para 2021. O jornal se debruçou sobre esses gastos e descobriu situações difíceis de entender.
“Como a da cidade do interior de Alagoas que tem menos lixo do que caminhões para recolhê-lo ou a diferença de R$ 114 mil no preço de veículos iguais, comprados no espaço de apenas um mês – sem falar da presença de empresas fantasmas no meio das operações”, escreve o jornal.
A diferença dos preços de compra de caminhões idênticos, em alguns casos, chegou a 30%. Até agora, o governo já destinou R$ 381 milhões para essa finalidade. A reportagem identificou pagamentos inflados de ao menos R$ 109 milhões.
A cidade alagoana de Barra de São Miguel, por exemplo, governada por Benedito de Lira (no centro da foto), pai do presidente da Câmara, Arthur Lira, ganhou três caminhões compactadores, do modelo grande. Os veículos ficam na maior parte do tempo parados pois o município, que tem pouco mais de 8 mil habitantes, não produz resíduos suficientes para enchê-los.
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