Presidente da Petrobras: Bolsonaro entendeu a ‘questão do preço de mercado’
Em entrevista ao Estadão, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho (foto), defendeu a atual política de preços da estatal e disse que não foi pressionado por Jair Bolsonaro a efetuar mudanças nas estratégias da empresa, diante da crise...
Em entrevista ao Estadão, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho (foto), defendeu a atual política de preços da estatal e disse que não foi pressionado por Jair Bolsonaro a efetuar mudanças nas estratégias da empresa, diante da crise envolvendo a alta dos combustíveis.
“O presidente Bolsonaro não me pediu absolutamente nada específico. Só pediu para eu conduzir a companhia. Acho que o presidente já entendeu muito bem a questão de preço de mercado. […] Li uma reportagem recente que o presidente fala claramente assim: o governo tem que ter soluções para os preços dos derivados. […] Ele colocou perfeitamente ali. O governo precisa criar os mecanismos e instrumentos para (minimizar os efeitos de) casos de aumento de preço dos combustíveis em momentos atípicos como este que vivemos“, afirmou.
José Mauro Coelho foi o terceiro executivo a assumir o comando da Petrobras durante o governo de Jair Bolsonaro. O engenheiro tomou posse no mês passado, assumindo o lugar do general Joaquim Silva e Luna, demitido pelo presidente da República após reajustes anunciados pela estatal.
Ainda durante a entrevista, José Mauro Coelho disse que considera injusto culpar a empresa pela alta dos combustíveis.
“O cenário internacional que estamos vivendo é um cenário bastante desafiador. Nós ainda temos dois fatos que afetam bastante o mercado de energia como um todo, que é a questão da própria pandemia de covid, com a gente vendo lockdown na China que está aumentando. […] Tem outro fator muito importante, que é o conflito no Leste Europeu entre Rússia e Ucrânia. […] A população tem que entender que, da mesma maneira que o pãozinho aumenta, o óleo de soja bateu quase 16 reais o litro, o tomate e a cenoura nem se fala, assim é o petróleo.”
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