“Governo gosta de inflação e não liga para consequências”
O presidente da Federação Brasileira de Bancos, Isaac Sidney, afirmou, em entrevista ao Estadão, que o governo de Jair Bolsonaro "gosta" de inflação e não se importa com suas consequências. "A inflação está nas nuvens, rodando a 12% ao ano. A impressão que fica é que o governo gosta de inflação...
O presidente da Federação Brasileira de Bancos, Isaac Sidney, afirmou, em entrevista ao Estadão, que o governo de Jair Bolsonaro “gosta” de inflação e não se importa com suas consequências.
“A inflação está nas nuvens, rodando a 12% ao ano. A impressão que fica é que o governo gosta de inflação e não se importa com as consequências de mais pressão inflacionária, algo que a sociedade não aceita mais. Aumento de impostos pressiona ainda mais a estrutura de custos das famílias e das empresas, retroalimentando o processo inflacionário.”
Isaac criticou a decisão do Ministério da Economia de elevar de 20% para 21% a alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido dos Bancos (CSLL) para liberar o Refis do Simples Nacional.
Segundo ele, o governo quer um troféu para ter a narrativa contra bancos na suposição de que aumentar imposto sobre o setor bancário rende dividendos políticos e pode dar votos.
“É incrível como se cogita aumentar imposto num momento em que a economia desacelera e quando a Selic e a inflação estão nas alturas. Além de mostrar insensibilidade com as pessoas e empresas, particularmente as micro e pequenas, que mais precisam de crédito, aumentar imposto não ajuda nada o BC, que já estava sozinho mesmo, no dificílimo desafio de mitigar os efeitos já fortemente sentidos da inflação de dois dígitos. Busca-se um troféu para ter a narrativa contra bancos, na suposição de que aumentar impostos do setor rende dividendos políticos e pode dar votos, mas quem é alvejado com um tiro certeiro é o consumidor.”
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