Doria: vai ter botox para o seu envelhecimento precoce?
João Doria começou o ano como a grande promessa de renovação na política. Durou pouco. No primeiro dia de trabalho, vestiu o uniforme de gari...
João Doria começou o ano como a grande promessa de renovação na política. Durou pouco.
No primeiro dia de trabalho, vestiu o uniforme de gari. Na sequência, apagou pichações e plantou árvores, andou de cadeira de rodas e pintou pontos de ônibus.
Além disso, travou uma guerra contra os pichadores.
Aos poucos, o tucano foi mostrando que tinha outro plano — a presidência da República. Doria começou a rodar o Brasil e fez de Lula o alvo preferencial de suas críticas, a quem chamou de “covarde, mentiroso e sem vergonha”.
Para explicar as viagens, o “gestor” disse que conseguia governar uma “cidade global” como São Paulo pelo celular. Os paulistanos não compraram a ideia e sua popularidade despencou.
FHC engrossou o coro das críticas e disse que não tinha visto Doria fazer nada pela capital paulista, só “manipular” o celular. Doria rebateu, afirmando que FHC deveria “sair do seu apartamento e visitar São Paulo”. Nada como o fogo amigo tucano.
Outro motivo para o envelhecimento precoce de Doria: contra as expectativas, ele defendeu Michel Temer no episódio da gravação de Joesley Batista e a mala de propina de Rocha Loures. Por quê? Porque aposta que o presidente mais impopular da história recente do Brasil chegará ao final de 2018 em alta, por causa da recuperação econômica.
Doria termina o ano como eventual candidato tucano ao governo do estado de São Paulo. Se vai dar uma rasteira em Alckmin e disputar a Presidência da República pelo próprio PSDB ou outro partido — DEM ou PMDB (ambos, talvez?) –, ainda não se sabe.
Mesmo murcho nas pesquisas eleitorais, Doria sempre poderá recorrer ao botox do marketing para rejuvenescer nas urnas.
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