Empresa usa notas frias para maquiar extração ilegal de manganês
A exportação de manganês tem sido alvo de esquemas fraudulentos montados para driblar órgãos de controle, com o uso de notas fiscais frias, diz o Estadão. O minério alimenta a produção mundial do aço e toda a indústria siderúrgica. Com a manobra, empresas omitem a verdadeira origem de toneladas de manganês...
A exportação de manganês tem sido alvo de esquemas fraudulentos montados para driblar órgãos de controle, com o uso de notas fiscais frias, diz o Estadão. O minério alimenta a produção mundial do aço e toda a indústria siderúrgica.
Com a manobra, empresas omitem a verdadeira origem de toneladas de manganês retiradas de unidades de conservação florestal, terras indígenas e até áreas de concessões privadas. Municípios como Parauapebas, Curionópolis e Marabá, na região Sudeste do Pará, são hoje o epicentro deste mercado clandestino.
Em 16 de dezembro do ano passado, a empresa CNB Minerações, que atua em Cavalcanti, na Chapada dos Veadeiros, emitiu uma nota fiscal “com fim específico de exportação”.
No papel, a empresa previa o envio de 5 mil toneladas de manganês para a Ásia, ao preço de R$ 2,4 milhões. A se basear nas informações contidas no documento, centenas de caminhões deixariam o interior de Goiás abarrotados de minério para, nas primeiras semanas de janeiro.
A origem do minério, no entanto, só existia no papel. A mina da empresa localizada em Cavalcanti está inativa e já foi exaurida há cerca de 20 anos. Ainda assim, papéis da empresa foram usados para “legalizar” o minério explorado clandestinamente em regiões do entorno de Marabá.
A ANM confirmou ao jornal a veracidade de todas as informações, informou que tomou conhecimento do caso e que “já comunicou à Polícia Federal sobre esta exportação da CNB”.
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