Aécio: “Eu fui vítima de uma grande armadilha”
Aécio Neves falou ao Estadão sobre ter sido denunciado por corrupção e obstrução da Justiça com base na delação do Grupo J&F. "Sou o primeiro a reconhecer que cometi um erro ao aceitar, de alguém que se dizia amigo, uma ajuda para...
Aécio Neves falou ao Estadão sobre ter sido denunciado por corrupção e obstrução da Justiça com base na delação do Grupo J&F.
“Sou o primeiro a reconhecer que cometi um erro ao aceitar, de alguém que se dizia amigo, uma ajuda para pagar meus advogados. Mas não cometi crime. Quem foi lesado? O Estado foi lesado nisso? Houve alguma contrapartida? Não houve. Eu sei que a forma como isso é divulgado gera na opinião pública um sentimento muito negativo.”
O Antagonista lembra que Aécio não apenas “aceitou” dinheiro de Joesley Batista: pediu; e que houve indicação de possível contrapartida na conversa: um cargo na Vale.
“Reconheço que errei nesse episódio (o da conversa gravada por Joesley), principalmente na forma de me comunicar. Ainda que em uma conversa privada, com um linguajar pelo qual me penitencio pessoalmente. Mas os fatos vão demonstrando de forma clara que eu fui vítima de uma grande armadilha. Seja nas novas gravações – em especial uma, que parece ter sido omitida inicialmente – na qual minha irmã (Andrea Neves) oferece um apartamento de família e convida ele a visitar. Novos depoimentos mostram de forma clara que houve uma ação planejada com a participação de membros da Procuradoria-Geral da República.”
Aécio, em suma, só reconhece a parte menor do problema – no caso, o linguajar mafioso – e ataca a PGR.
O senador tucano se tornou uma mistura de Sérgio Cabral com Carlos Marun.
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