Datena a Tarcísio e Bolsonaro: “Se acharem que estou atrapalhando, me incluam fora dessa”
José Luiz Datena -- pré-candidato ao Senado pelo PSC na coligação de Tarcísio de Freitas, o nome de Jair Bolsonaro ao governo de São Paulo -- rebateu a repercussão das vaias que levou durante um evento do Republicanos no último sábado (9), em São José do Rio Preto, no interior do estado. O apresentador de TV, no entanto, aproveitou o episódio para mandar um recado a Bolsonaro e ao próprio Tarcísio, que, por sua vez, reforçou a aliança entre os dois...
José Luiz Datena — pré-candidato ao Senado pelo PSC na coligação de Tarcísio de Freitas, o nome de Jair Bolsonaro ao governo de São Paulo — rebateu a repercussão das vaias que levou durante um evento do Republicanos no último sábado (9), em São José do Rio Preto, no interior do estado.
O apresentador de TV, no entanto, aproveitou o episódio para mandar um recado a Bolsonaro e ao próprio Tarcísio, que, por sua vez, reforçou a aliança entre os dois.
O evento de sábado marcou a primeira aparição pública de Datena e Tarcísio juntos como pré-candidatos. Datena disse a O Antagonista que foi ao local convidado por Tarcísio e que as vaias partiram de um grupo “com exatamente cinco pessoas”.
“Fui chamado ao evento pelo Tarcísio. Havia mais de mil pessoas lá. Para chegar ao palco, demorei uns 40 minutos, porque tirei fotos com umas 600 pessoas, as pessoas me abraçando, mas, quando cheguei ao palco, tinha um grupo com exatamente cinco pessoas me chamando de comunista, com palavras de ordem. Depois, eles foram calando a boca, o povão engoliu os caras.”
Sem esconder incômodo com a repercussão da situação, Datena falou em possibilidade de “fogo amigo”.
“Não sei se alguém infiltrou gente ali no evento ou se era gente radical mesmo. Não me interessa, absolutamente, ser aplaudido por esse tipo de gente. Eu me sinto até orgulhoso de ser vaiado por esse tipo de gente.”
O apresentador, então, manda um recado para Tarcísio e para o próprio presidente da República:
“Agora, eu não tenho apego nenhum ao cargo. Já deixei um [possível projeto político nas eleições deste ano] e não me custa deixar um segundo. Aquela história de o João Doria não querer deixar o governo era verdade. E aí filiaram o Sergio Moro [na União Brasil] sem me comunicar também: tomei uma decisão que achava que era a correta [a de se filiar ao PSC e coligar com Tarcísio]. Eu aceitei um convite do próprio presidente da República e do Tarcísio para ser o candidato deles ao Senado. Mas, se acharem que eu estou atrapalhando, me incluam fora dessa. Eu não vou ficar sendo atacado por fogo amigo. Em uma eleição, você tem que tentar mudar a ideia do cara que está do outro lado. Mudar a ideia do cara que está ao seu lado, aí é difícil, aí realmente não me interessa. Por que vou ficar sendo atacado de bobeira, de fogo amigo? Não estou interessado em ficar levando ‘tiro pelas costas’.”
Perguntamos a Tarcísio se o episódio de sábado muda alguma coisa nos planos da coligação.
“Não. Até porque não foi assim. Foram vaias isoladas e, depois que ele [Datena] fez uso da palavra, saiu aplaudido. Ele tem muito potencial”, respondeu o ex-ministro da Infraestrutura.
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