Prefeitos dizem que ‘bolsolão do MEC’ envolvia compra de Bíblias
Prefeitos de dois municípios afirmam que a atuação do gabinete paralelo do Ministério da Educação envolvia a compra de Bíblias para serem distribuídas nas cidades que recebiam visitas do ministro Milton Ribeiro. Segundo relatos de prefeitos feitos ao Estadão, era Arilton Moura...
Prefeitos de dois municípios afirmam que a atuação do gabinete paralelo do Ministério da Educação envolvia a compra de Bíblias para serem distribuídas nas cidades que recebiam visitas do ministro Milton Ribeiro.
Segundo relatos de prefeitos feitos ao Estadão, era Arilton Moura (foto, com Bolsonaro) quem fazia as negociações em troca de verbas do MEC.
Em evento na cidade de Nova Odessa, no interior de São Paulo, foram distribuídas versões da Bíblia comentadas por Gilmar Santos. Ele é dono da editora Cristo para Todos, que produz os livros.
Uma secretária que esteve no evento e pediu para seu nome não ser publicado descreveu o cenário como “desconfortável, escandaloso para quem é da educação”.
Ela disse que as Bíblias estavam em mesas junto a profissionais do FNDE que resolviam eventuais dificuldades das prefeituras com merenda, transporte e materiais didáticos.
Durante o atendimento, em cima do palco, o pastor Moura perguntou se a plateia sabia o motivo de eles estarem ali. Ele mesmo respondeu: “Porque vimos a necessidade do evangelismo em cada município desses”.
Ao discursar, o ministro agradeceu o pastor Gilmar e o chamou de “meu amigo, meu irmão”.
Procurado, o prefeito de Nova Odessa, Claudio José Schooder (PSD), conhecido como Leitinho, não respondeu até a conclusão desta edição.
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