Presença de pastores no MEC é desvio de função, diz ex-ministro de Bolsonaro
Ricardo Vélez Rodríguez (foto), o primeiro da ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro, afirmou, em entrevista à Folha, que a participação de pastores na distribuição de recursos do MEC é desvio de função e conduta antidemocrática...
Ricardo Vélez Rodríguez (foto), o primeiro da ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro, afirmou, em entrevista à Folha, que a participação de pastores na distribuição de recursos do MEC é desvio de função e conduta antidemocrática.
“Durante minha gestão, eu dedicava 70% do tempo atendendo autoridades eleitas, seja do Parlamento, governadores ou prefeitos. E sempre deixei claro que este trabalho seria desempenhado por funcionários técnicos do ministério.”
Como mostramos, o atual titular da pasta, Milton Ribeiro, deve apresentar sua carta de demissão nas próximas horas, após vir à tona que ele prometeu privilegiar com verbas públicas prefeituras indicadas por pastores.
Ao comentar o caso, Veléz também afirmou que não é correto contar com pastores de fora da estrutura do ministério para fazer o trabalho orçamentário. Ele ainda mencionou que isso é injusto com outras religiões.
“Os pastores são pessoas boas, assim como são padres, ou pais de santo. É um desvio de função colocá-los como intermediários para distribuir orçamento. E é uma injustiça com pessoas de outras religiões, ou mesmo ateus, que são tão brasileiros quanto. Não é um método democrático.”
Indicado por Olavo de Carvalho, Vélez comandou o MEC entre janeiro e abril de 2019. Ele foi demitido por Bolsonaro devido a problemas de gestão, com sucessivas trocas em cargos-chave da pasta.
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