Deputado bolsonarista admite ‘infração de trânsito’ durante o carnaval
O deputado federal General Girão, da União Brasil do Rio Grande do Norte, divulgou uma nota na qual confirma ter cometido uma "infração de trânsito" na terça-feira de carnaval. Como mostramos mais cedo, o parlamentar, segundo auto de infração do Detran divulgado pelo jornalista local Dinarte Assunção, teria se recusado a realizar o teste do bafômetro. Ele nega...
O deputado federal General Girão, da União Brasil do Rio Grande do Norte, divulgou uma nota na qual confirma ter cometido uma “infração de trânsito” na terça-feira de carnaval.
Como mostramos mais cedo, o parlamentar, segundo auto de infração do Detran divulgado pelo jornalista local Dinarte Assunção, teria se recusado a realizar o teste do bafômetro. Ele nega.
“Na noite da última terça-feira (1º), no litoral sul, após jantar com minha família, fui abordado pela blitz da Lei Seca e, diferente do que consta no auto de infração, na ocasião, foi realizado o teste do etilômetro, mais conhecido como teste do bafômetro, com um equipamento que não tinha a necessidade de assoprar. Por orientação do agente de trânsito, dei lugar à outra pessoa habilitada para conduzir o veículo”, diz o deputado na nota, assumindo, portanto, ter ingerido bebida alcoólica antes de dirigir.
General Girão se orgulha de não ter se “desviado da direção” mesmo “tendo avistado a barreira policial com certa distância” — e de não ter dado carteirada.
“Reitero que assumi a responsabilidade da infração de trânsito e, mesmo tendo avistado a barreira policial com certa distância, não me desviei da direção nem me neguei a realizar qualquer tipo de exame sugerido pelas autoridades policiais no local. Acrescento que, em nenhum momento durante a abordagem, me identifiquei como deputado federal nem como general do Exército.”
O deputado informou que vai buscar responsáveis pela divulgação do auto de infração, que, no entender dele, foi usado “para fins meramente eleitoreiros e político”.
“Com base no princípio do contraditório e da ampla-defesa, usarei dos meios administrativos a fim de contestar o alegado no auto de infração e, como qualquer cidadão brasileiro, estarei sujeito aos trâmites legais para fazer valer os meus direitos e deveres. O que me causa surpresa e certa indignação é a divulgação do auto de infração com os meus dados para fins meramente eleitoreiros e políticos, infringindo a Lei Geral de Proteção de Dados e regras administrativas, onde, também utilizarei dos meus direitos a fim de buscar os responsáveis pela divulgação. Por fim, parabenizo a Polícia Militar por ter exercido seu papel, uma vez que a Lei deve ser igual para todos.”
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