Dilma na escuridão
Miguel Reale Júnior comentou o julgamento do TCU para O Globo. É importante citá-lo por inteiro, pois além de ser um dos maiores juristas do Brasil, ele é também o autor - junto com Hélio Bicudo e Janaina Paschoal - do pedido de impeachment que vai nos livrar de Dilma Rousseff...
Miguel Reale Júnior comentou o julgamento do TCU para O Globo.
É importante citá-lo por inteiro, pois além de ser um dos maiores juristas do Brasil, ele é também o autor – junto com Hélio Bicudo e Janaina Paschoal – do pedido de impeachment que vai nos livrar de Dilma Rousseff:
“Tudo já indicava para a condenação das contas do governo porque as ‘pedaladas’ já haviam sido consideradas uma violação da lei de responsabilidade. E o argumento de que outros governos já faziam isso não serve. Tem sujeito que entra no cheque especial por dois dias e que fica dois anos nele. Há uma diferença de gradação grande. E o pior é que esses empréstimos não foram registrados como dívida. O governo afirmou que fez superávit primário quando estava deficitário em R$ 40 bilhões. Ainda por cima fez decretos sem número em dezembro autorizando créditos suplementares para ministérios sem autorização do Legislativo. Isso é inédito na administração pública. É de uma irresponsabilidade enorme. Não é um mero problema contábil. As ‘pedaladas’ explicam a recessão em que estamos. Em vez de esconder, o governo teria que ter adiantado o ajuste fiscal. Dilma tinha encontros diários com a equipe que fez as ‘pedaladas’, não tinha como não saber, foi conivente e isso é motivo para impeachment. A presidente jogou tanta luz sobre esse julgamento do TCU que agora, condenada, ficou na escuridão política”.
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