Sergio Moro, em evento do grupo Lide, em São Paulo, foi provocado nesta sexta-feira (18) a comentar sobre a proposta de semipresidencialismo, que vez ou outra volta a ser cogitada em Brasília.

“Parece tentador a gente pensar em mudar a forma de governo. No fundo, o que a gente tem visto é que não temos tido lideranças reformistas. Um presidente não pode tudo, mas pode muito. A gente precisa das reformas modernizantes: a tributária, a administrativa. Precisamos fazer uma espécie de pacote ético, para acabar com uma série de privilégios.”

Para Moro, o poder nas mãos do Congresso não tem dado resultado “necessariamente positivo”. Ele exemplificou que o orçamento “foi totalmente sequestrado” pelo Parlamento.

“O que tem prevalecido, principalmente, são os interesses mais paroquiais. (…) Está se perdendo a ideia de país. Não acho que o semipresidencialismo seja a solução. A solução é escolher bons presidentes.”

No mesmo evento, Luiz Felipe d’Avila, pré-candidato do Novo, defendeu uma reforma política com aprovação do voto distrital e aumento da chamada cláusula de barreira, por exemplo.

“Temos que descentralizar, tirar poder de Brasília. O verdadeiro federalismo não existe no Brasil.”

Para d’Avila, quando o Congresso fala em semipresidencialismo, tira-se o foco das reformas que realmente importam.