“Totalmente irregular”, diz presidente da ANPR, sobre atitude de Lucas Furtado
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Ubiratan Cazetta, classificou como “totalmente irregular” a iniciativa do subprocurador junto ao TCU Lucas Furtado de ter consultado Erenice Guerra sobre a “conveniência” de uma ação que seria apresentada contra o governo petista. O caso foi revelado pela Veja na última sexta-feira...
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Ubiratan Cazetta, classificou como “totalmente irregular” a iniciativa do subprocurador junto ao TCU Lucas Furtado de ter consultado Erenice Guerra sobre a “conveniência” de uma ação que seria apresentada contra o governo petista.
O caso foi revelado pela Veja na última sexta-feira. O e-mail enviado em 2004 para Erenice foi encontrado em computadores do Palácio do Planalto durante uma investigação da PF sobre tráfico de influência envolvendo autoridades do governo Lula.
Ubiratan Cazetta disse à revista:
“A leitura é essa: é uma pessoa que, tendo diante de si a obrigação de representar, de agir ou não, consultado uma pessoa externa do Executivo. Nesse sentido é totalmente irregular. Não tem como salvar, não tem explicação”, disse Cazetta.
“Muitas vezes um procurador conversa com especialistas do tema, mas ali você tem uma situação que não pode ocorrer. Membro do Ministério Público não pode consultar se é conveniente ou não fazer uma representação. A decisão sobre a conveniência ou não é dele.”
Furtado é o responsável pela investigação sobre o contrato entre Sergio Moro e a Alvarez & Marsal. Depois de pedir o arquivamento do caso, ele voltou atrás e solicitou o bloqueio de bens do ex-juiz.
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