Economista diz que inflação e informalidade explicam queda da renda
O economista Livio Ribeiro, sócio da consultoria BRCG, afirmou que a queda desemprego no Brasil continua ocorrendo pelo aumento do número de pessoas que está trabalhando na informalidade, sobretudo no setor de serviços. Segundo ele, os dados mostram "evidências de precarização dos contratos de trabalho". Com isso, os salários pagos são mais baixos...
O economista Livio Ribeiro, sócio da consultoria BRCG, afirmou que a queda desemprego no Brasil continua ocorrendo pelo aumento do número de pessoas que está trabalhando na informalidade, sobretudo no setor de serviços. Segundo ele, os dados mostram “evidências de precarização dos contratos de trabalho”. Com isso, os salários pagos são mais baixos.
Como mostramos, a taxa de desemprego caiu 1,6 ponto percentual e chegou a 11,6% no trimestre encerrado em novembro. Apesar disso, 12,4 milhões de pessoas ainda estão desocupadas no Brasil. Por outro lado, o rendimento real habitual diminuiu 4,5% em relação ao trimestre anterior e chegou a R$ 2.444. Esse é o menor valor da série histórica, que começou 2012.
“Note-se que a expansão do emprego continua ocorrendo no segmento informal, com destaque setorial para o setor de serviços. Tais sinais de precarização ficam evidentes no comportamento da renda renda do trabalho, que permanece em relevante contração no acumulado em 12 meses. É claro que a inflação elevada, em torno de 10%, é parte relevante desta dinâmica, mas percebe-se, também, que a magnitude do choque da renda sugere que também se tem perdido renda nominal nesta retomada dos volumes do mercado de trabalho”, afirmou Ribeiro.
O economista também disse que a geração de empregos informais e a manutenção da inflação em patamar elevado, ainda que menor que a registrada no ano passado, deve manter a renda real pressionada ao longo de 2022, sendo um fator negativo para o consumo de bens e serviços na economia.
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