Ao menos 18 dos 27 dirigentes partidários do PL foram ou são alvos de investigações
Ao menos 18 dos 27 dirigentes partidários do PL, sigla à qual Jair Bolsonaro se filiou no ano passado, foram ou ainda são alvos de algum tipo de investigação, diz o Estadão. Quatro destes respondem a processos que se arrastam na Justiça e dois tentam reverter condenações...
Ao menos 18 dos 27 dirigentes partidários do PL, sigla à qual Jair Bolsonaro (à esquerda na foto) se filiou no ano passado, foram ou ainda são alvos de algum tipo de investigação, diz o Estadão.
Quatro deles respondem a processos que se arrastam na Justiça e dois tentam reverter condenações. Todos os líderes estaduais ocupam os cargos com o aval do dono da legenda, Valdemar Costa Neto (à direita na foto), que foi condenado e preso no mensalão.
Em São Paulo, o presidente do partido é José Tadeu Candelária. Segundo o doleiro Lúcio Funaro, delator do mensalão, Candelária foi o homem indicado por Valdemar para receber dinheiro vivo do esquema no escritório do partido na capital paulista, em 2003.
O presidente do PL em Goiás, Flavio de Paula Canedo, se envolveu em um caso de tortura. Em 2020, ele foi considerado ficha-suja. O dirigente do PL tenta reverter no STJ a condenação a cinco anos de prisão, no regime semiaberto, confirmada em segunda instância pelo TJ de Goiás. Canedo está inelegível por oito anos.
Segundo a denúncia, Canedo e dois comparsas torturaram e ameaçaram Frederico Daniel de Carvalho, em 2002, na tentativa de conseguir uma confissão dele sobre o furto de uma espingarda. Eles teriam convidado Frederico para uma festa e ali cometeram o suposto crime.
Na avaliação de desembargadores e ministros que analisaram o caso e rejeitaram recursos, ficou comprovado que a ação foi premeditada e que Canedo agiu para “atrair a vítima para o local dos fatos com o propósito específico de submetê-lo a sessões intermináveis de torturas”. Em sua defesa, o dirigente do PL alega que a principal prova é a palavra do torturado.
Novo presidente do diretório do Pará, o senador Zequinha Marinho responde a um processo por envolvimento em rachadinhas. Já o chefe do PL no Rio Grande do Norte, deputado João Maia, é alvo de uma denúncia de esquema de desvio de dinheiro de obras de rodovias federais.
O presidente do partido em Roraima, deputado Édio Lopes, responde a uma ação penal no STF por empregar funcionários fantasmas na época em que era deputado estadual, entre 2005 e 2006. Presidente do partido no Paraná, o deputado Fernando Giacobo já respondeu por formação de quadrilha em suposto esquema de sonegação de impostos e também por sequestro e cárcere privado.
O jornal questionou a direção nacional do PL e o Planalto sobre os casos, mas não recebeu respostas.
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