Coordenador econômico de Moro diz que regra do teto de gastos “foi destruída”
Em entrevista à Folha, Affonso Celso Pastore (foto), coordenador econômico da pré-campanha de Sergio Moro, afirmou que a regra do teto de gastos "foi destruída". Segundo o economista, sem uma âncora fiscal e com o aumento dos gastos públicos, o preço do dólar e a inflação aumentam, obrigando o Banco Central a subir os juros, "o que reduz o crescimento e piora a dinâmica da dívida"...
Em entrevista à Folha, Affonso Celso Pastore (foto), coordenador econômico da pré-campanha de Sergio Moro, afirmou que a regra do teto de gastos “foi destruída”. Segundo o economista, sem uma âncora fiscal e com o aumento dos gastos públicos, o preço do dólar e a inflação aumentam, obrigando o Banco Central a subir os juros, “o que reduz o crescimento e piora a dinâmica da dívida”.
“Enquanto existiu a esperança de que reformas levariam ao controle dos gastos, o teto trouxe apenas benefícios. Para que o país cresça, é preciso responsabilidade fiscal. Temporariamente, o teto garantiu isso e a consequência foi a redução dos juros tanto da taxa neutra real como da taxa de juros implícita da dívida bruta”, disse
Pastore tem afirmado publicamente que a gambiarra no teto de gastos para garantir um pagamento médio de R$ 400 do Auxílio Brasil sepultou o teto de gastos. Segundo ele, a regra “terá de ser substituída por um arcabouço fiscal que controle os gastos”.
“Sem uma âncora fiscal, rapidamente a taxa de juros implícita da dívida retornará à situação anterior à aprovação da regra do teto”, disse.
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