18.12.2021
A eleição ainda não está precificada
As incertezas eleitorais não estão incorporadas nos preços dos ativos brasileiros, como o valor do dólar e de ações de algumas empresas. A afirmação é do economista Alexandre Almeida (foto), da corretora CM Capital Markets, em entrevista a O Antagonista. Segundo ele, a moeda americana deve encarecer em 2022, afetar os preços dos combustíveis e pressionar a inflação...
As incertezas eleitorais não estão incorporadas nos preços dos ativos brasileiros, como o valor do dólar e de ações de algumas empresas. A afirmação é do economista Alexandre Almeida (foto), da corretora CM Capital Markets, em entrevista a O Antagonista.
Segundo ele, a moeda americana deve encarecer em 2022, afetar os preços dos combustíveis e pressionar a inflação.
“Ano de eleição traz volatilidade para o dólar e para os preços administrados, que são aqueles controlados por agências reguladoras ou estatais. A Petrobras reajusta os valores da gasolina, do diesel e o gás de cozinha. Com volatilidade maior do ano que vem, isso deve ter impacto negativo no preço do dólar, dos combustíveis e afetar a inflação”, disse.
Almeida também afirmou que economistas, investidores e analistas têm acompanhado com lupa a divulgação de pesquisas eleitorais. Entretanto, ele disse a tendência é que cotação do dólar seja afetada mais intensamente ao longo do próximo ano.
“Apesar da divulgação de pesquisas eleitorais com maior frequência nas últimas semanas, o risco político ainda não está efetivamente precificado no mercado”, disse.
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