PF diz ao STF que Bolsonaro atuou de forma ‘direta e relevante’ para desinformar sobre sistema eleitoral
A Polícia Federal informou ao Supremo que identificou a atuação direta e relevante de Jair Bolsonaro (foto) "na promoção da ação de desinformação, aderindo a um padrão de atuação já empregado por integrantes de governos de outros países"...
A Polícia Federal informou ao Supremo que identificou a atuação direta e relevante de Jair Bolsonaro (foto) “na promoção da ação de desinformação, aderindo a um padrão de atuação já empregado por integrantes de governos de outros países.”
As informações estão em relatório do inquérito que apura fake news divulgadas pelo presidente contra as urnas eletrônicas em uma live. O procedimento foi instaurado com a finalidade de esclarecer os fatos.
“A live presidencial foi realizada com o nítido propósito de desinformar e de levar parcelas da população a erro quanto à lisura do sistema de votação, questionando a correção dos atos dos agentes públicos envolvidos no processo eleitoral (preparação, organização, eleição, apuração e divulgação do resultado), ao mesmo tempo em que, ao promover a desinformação, alimenta teorias que promovem fortalecimento dos laços que unem seguidores de determinada ideologia dita conservadora”, disse a PF em relatório.
Em 4 de agosto, Alexandre de Moraes determinou a inclusão do presidente Jair Bolsonaro como investigado no inquérito que apura a divulgação de informações falsas.
A PF disse ainda que foram ouvidos os ministros da Justiça, Anderson Torres, da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
“As oitivas permitiram verificar que o processo de preparação e realização da live foi feita de maneira enviesada, isto é, procedeu-se a uma busca consciente por dados que reforçassem um discurso previamente tendente a apontar vulnerabilidades e/ou possíveis fraudes no sistema eleitoral, ignorando deliberadamente a existência de dados que se contrapunham a narrativa desejada, quase todos disponíveis em fontes abertas ou de domínio de órgãos públicos. Foram identificadas diversas inconsistências em pontos relevantes das declarações”, disse a PF ao Supremo.
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