Surto de gripe chega a São Paulo com cepa que escapa da vacina
O vírus influenza A H3N2, o mesmo relacionado à epidemia de gripe que atinge o Rio de Janeiro, já circula em São Paulo e provoca aumento no número de internações, diz a Folha. A infectologista Nancy Bellei, professora da Unifesp e coordenadora da testagem do Hospital São Paulo...
O vírus influenza A H3N2, o mesmo relacionado à epidemia de gripe que atinge o Rio de Janeiro, já circula em São Paulo e provoca aumento no número de internações, diz a Folha.
A infectologista Nancy Bellei, professora da Unifesp e coordenadora da testagem do Hospital São Paulo, afirmou ao jornal que foram registrados 19 casos de internações em uma semana. Em 2020, entre março e junho, período de pico da gripe, foram 12.
Embora a vacina usada no programa de imunização tenha na sua composição a cepa H3N2, não é a mesma que circula atualmente no Rio e em São Paulo. Essa, conhecida como Darwin — cidade australiana onde foi detectada pela primeira vez –, não está coberta pela atual vacina.
“Todos os anos a gente muda a receita da vacina [contra o H3N2]. Para 2022, a OMS já mudou. Será a influenza A H3N2 Darwin. É a cepa que a Fiocruz identificou no surto do Rio”, disse a infectologista.
O virologista Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury, afirmou que a imunização contra o vírus respiratório não dura mais do que seis meses, portanto, mesmo se houver cobertura, é importante que pessoas usem máscaras e lavem as mãos.
“É um surto extemporâneo. A gente não tem surto em dezembro. Juntou tudo: a vacina que não protege muito, as pessoas tomaram há mais de seis meses e as pessoas estão deixando de usar máscaras, estão se aglomerando”, acrescentou.
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