11.12.2021
“Eu estou mais preocupado com 2023 do que com 2022”
A economia brasileira só voltará a crescer de maneira sustentável com a aprovação de reformas, como a tributária e administrativa. A afirmação é de Alan Gandelman, presidente da Planner Investimentos, em entrevista a O Antagonista. Para ele, 2023 será um ano decisivo e definirá se o país se recuperará ou entrará em uma crise profunda...
A economia brasileira só voltará a crescer de maneira sustentável com a aprovação de reformas, como a tributária e administrativa. A afirmação é de Alan Gandelman, presidente da Planner Investimentos, em entrevista a O Antagonista. Para ele, 2023 será um ano decisivo e definirá se o país se recuperará ou entrará em uma crise profunda.
“Eu estou mais preocupado com 2023 do que com 2022. Precisamos de reformas urgentes. A única vantagem é que, historicamente, no primeiro ano de governo há uma lua de mel entre o Executivo e o Legislativo. E isso pode ajudar na aprovação de temas importantes. Se isso não acontecer em 2023, nós teremos mais do mesmo”, afirmou.
Gandelman também afirmou que a paralisia histórica do Congresso em ano eleitoral prejudica a economia.
“Minha maior preocupação, em ano eleitoral, é a inercia do Congresso em votar reformas e propostas importantes. Estamos chegando em um quarto ano de governo e se esperava que as reformas tributária, administrativa e do Imposto de Renda tivessem sido aprovadas. Infelizmente, em 2022, não teremos essas reformas andando diante do processo eleitoral”, disse.
A viabilidade de uma candidatura de terceira via é vista com ceticismo pelo executivo. Segundo ele, historicamente, as eleições brasileiras são polarizadas entre dois candidatos, sem espaço para alternativas.
“Eu sou cético em relação a viabilidade de uma candidatura de terceira via decolar. Desde a redemocratização no Brasil, sempre tivemos dois polos nas eleições. Acho que a historia vai se repetir. Todos nós gostaríamos de ter uma terceira via. Por hora, eu acho difícil essa terceira via se viabilizar e sairmos dessa polarização”, afirmou.
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