Após aval do STF, estado do relator do orçamento é o que mais recebe verbas
Nos três dias seguintes à decisão de Rosa Weber que retomou a execução orçamentária das emendas de relator, o governo Bolsonaro liberou R$ 760,8 milhões. Os dados disponíveis não permitem saber quais os parlamentares responsáveis pela indicação dos recursos...
Nos três dias seguintes à decisão de Rosa Weber que retomou a execução orçamentária das emendas de relator, o governo Bolsonaro liberou R$ 760,8 milhões.
Os dados disponíveis não permitem saber quais os parlamentares responsáveis pela indicação dos recursos nem mesmo os critérios adotados: esse orçamento continua secreto.
Segundo dados da ONG Contas Abertas, o Acre foi o maior beneficiado com esses recursos dos dias 7, 8 e 9 de dezembro — é justamente o estado do relator-geral do orçamento de 2021, senador Márcio Bittar (MDB), aliado do Palácio do Planalto: foram R$ 189,5 milhões, o equivalente a 24,9% do total liberado no período.
Minas Gerais (18,3%) — de Rodrigo Pacheco e do líder da maioria na Câmara, deputado Diego Andrade, por exemplo — e Piauí (13,7%) — do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira — aparecem em seguida nesse ranking.
No recorte por municípios, Rio Branco, a capital do Acre, lidera o recebimento de recursos: R$ 182,3 milhões, o equivalente a 24% do total liberado no período. O prefeito da capital acreana, eleito no ano passado, é Tião Bocalom, do PP, apoiado por Bittar (foto).
A cidade mineira de Montes Claros, que aparece em segundo lugar, é comandada pelo prefeito Rafael Simões (DEM), aliado de Pacheco.
Também na semana passada, como noticiamos, deputados e senadores da Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovaram o texto-base do relatório preliminar do orçamento de 2022, levando em conta a reserva de recursos para as chamadas emendas de relator.
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