Soraya a Rose de Freitas: “A senhora deveria cumprir a lei, com todo o respeito”; assista
Há pouco, em nova sessão da Comissão Mista de Orçamento (CMO), a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) cobrou da presidente do colegiado, Rose de Freitas (MDB-ES), uma solução para o impasse em torno da relatoria setorial de educação do orçamento de 2022. Como O Antagonista revelou ontem, está em disputa nos bastidores do Senado o controle da destinação de quase R$ 140 bilhões em ano de eleição...
Há pouco, em nova sessão da Comissão Mista de Orçamento (CMO), a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) cobrou da presidente do colegiado, Rose de Freitas (MDB-ES), uma solução para o impasse em torno da relatoria setorial de educação do orçamento de 2022.
Como O Antagonista revelou ontem, está em disputa nos bastidores do Senado o controle da destinação de quase R$ 140 bilhões em ano de eleição — o valor equivale a quatro vezes o orçamento secreto. O relator da área de educação do orçamento do ano que vem será responsável pela análise de cerca de 680 emendas.
Rose de Freitas atropelou o regimento e uma norma que rege o funcionamento do colegiado para emplacar o bolsonarista Wellington Fagundes (PL-MT) na importante relatoria. Pelas regras vigentes, Fagundes não poderia ocupar a função, uma vez que um correligionário, o deputado Zé Vitor (PL-MG), o antecedeu. A indicação de Fagundes também não poderia ter sido assinada pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que se colocou como líder do bloco parlamentar com Podemos, PSDB e PSL, o que não é verídico. Lasier Martins (Podemos-RS), que é o líder do bloco em questão, já havia feito, em julho, a indicação formal da senadora Soraya para a função.
“Isso abre um precedente que muito nos preocupa”, disse Soraya, na sessão de hoje, reforçando que poderá acionar o STF.
Quando foi começar a responder, Rose não gostou de ser interrompida por Soraya e disse:
“Eu ouvi com atenção e não interrompi.”
Soraya afirmou:
“Eu não quero entrar em nenhuma discussão. Não gostaria de entrar em embate com vossa excelência. O que vossa excelência deve fazer é publicar o meu nome para a relatoria. A senhora deveria cumprir a lei, com todo o respeito, data máxima vênia. Eu não gostaria de entrar em discussão. Eu queria alertar os colegas, alertar o país que vocês vão atrasar a [aprovação] da peça orçamentária por conta de situações inexplicáveis. Eu agradeço vossa excelência, mas a única coisa que a senhora tem para fazer é voltar atrás e cumprir a legislação. Apenas isso que estamos pedindo.”
Rose, então, admitiu que Izalci “não é líder do bloco” do bloco parlamentar que indicou Fagundes e anunciou uma reunião para esta quarta-feira (8) com os envolvidos no caso — Soraya, Lasier, Izalci e Fagundes.
“Amanhã, às 9h, estarei aguardando vossa excelência para dar a última e derradeira forma, (…) para que a gente dê uma última forma para esse conflito de interesses”, disse Rose.
A reunião será presencial. Soraya já avisou que não conseguirá estar em Brasília e que terá de participar do encontro privado virtualmente.
Ontem, o próprio Izalci admitiu a este site que, “se olhar o regimento literalmente”, Fagundes não poderia ser o relator de educação, mas tentou justificar alegando que “a CMO só funciona por acordo”. Fagundes afirmou que “são comuns esses entendimentos”.
Assista:
Soraya a Rose de Freitas: “A senhora deveria cumprir a lei, com todo o respeito”; assista
Há pouco, em nova sessão da Comissão Mista de Orçamento (CMO), a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) cobrou da presidente do colegiado, Rose de Freitas (MDB-ES), uma solução para o impasse em torno da relatoria setorial de educação do orçamento de 2022. Como O Antagonista revelou ontem, está em disputa nos bastidores do Senado o controle da destinação de quase R$ 140 bilhões em ano de eleição...
Há pouco, em nova sessão da Comissão Mista de Orçamento (CMO), a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) cobrou da presidente do colegiado, Rose de Freitas (MDB-ES), uma solução para o impasse em torno da relatoria setorial de educação do orçamento de 2022.
Como O Antagonista revelou ontem, está em disputa nos bastidores do Senado o controle da destinação de quase R$ 140 bilhões em ano de eleição — o valor equivale a quatro vezes o orçamento secreto. O relator da área de educação do orçamento do ano que vem será responsável pela análise de cerca de 680 emendas.
Rose de Freitas atropelou o regimento e uma norma que rege o funcionamento do colegiado para emplacar o bolsonarista Wellington Fagundes (PL-MT) na importante relatoria. Pelas regras vigentes, Fagundes não poderia ocupar a função, uma vez que um correligionário, o deputado Zé Vitor (PL-MG), o antecedeu. A indicação de Fagundes também não poderia ter sido assinada pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que se colocou como líder do bloco parlamentar com Podemos, PSDB e PSL, o que não é verídico. Lasier Martins (Podemos-RS), que é o líder do bloco em questão, já havia feito, em julho, a indicação formal da senadora Soraya para a função.
“Isso abre um precedente que muito nos preocupa”, disse Soraya, na sessão de hoje, reforçando que poderá acionar o STF.
Quando foi começar a responder, Rose não gostou de ser interrompida por Soraya e disse:
“Eu ouvi com atenção e não interrompi.”
Soraya afirmou:
“Eu não quero entrar em nenhuma discussão. Não gostaria de entrar em embate com vossa excelência. O que vossa excelência deve fazer é publicar o meu nome para a relatoria. A senhora deveria cumprir a lei, com todo o respeito, data máxima vênia. Eu não gostaria de entrar em discussão. Eu queria alertar os colegas, alertar o país que vocês vão atrasar a [aprovação] da peça orçamentária por conta de situações inexplicáveis. Eu agradeço vossa excelência, mas a única coisa que a senhora tem para fazer é voltar atrás e cumprir a legislação. Apenas isso que estamos pedindo.”
Rose, então, admitiu que Izalci “não é líder do bloco” do bloco parlamentar que indicou Fagundes e anunciou uma reunião para esta quarta-feira (8) com os envolvidos no caso — Soraya, Lasier, Izalci e Fagundes.
“Amanhã, às 9h, estarei aguardando vossa excelência para dar a última e derradeira forma, (…) para que a gente dê uma última forma para esse conflito de interesses”, disse Rose.
A reunião será presencial. Soraya já avisou que não conseguirá estar em Brasília e que terá de participar do encontro privado virtualmente.
Ontem, o próprio Izalci admitiu a este site que, “se olhar o regimento literalmente”, Fagundes não poderia ser o relator de educação, mas tentou justificar alegando que “a CMO só funciona por acordo”. Fagundes afirmou que “são comuns esses entendimentos”.
Assista: