Codevasf torna emendas de relator ainda mais secretas
Reportagem do Estadão mostra que, nos últimos meses, a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, na foto) agiu para tornar ainda mais difícil a identificação dos congressistas beneficiados com verbas das emendas de relator-geral, que formam a base do esquema do orçamento secreto...
Reportagem do Estadão mostra que, nos últimos meses, a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, na foto) agiu para tornar ainda mais difícil a identificação dos congressistas beneficiados com verbas das emendas de relator-geral (RP9), que formam a base do esquema do orçamento secreto.
Segundo o jornal, no Orçamento de 2020, documentos internos que autorizaram pagamentos traziam, em alguns casos, o nome de deputados ou senadores responsáveis pelas indicações. Essa informação sumiu do Orçamento de 2021, aprovado em março.
No governo de Jair Bolsonaro, a Codevasf teve sua área de atuação ampliada e virou a “estatal do Centrão”, com seus principais cargos ocupados por indicados do grupo político que domina a Câmara —ou seja, a turma de Arthur Lira.
Por meio da empresa, recursos do orçamento secreto foram usados para comprar equipamentos agrícolas e tratores com sobrepreço, o que levou o esquema a ser apelidado de “tratoraço”.
O Estadão também assinala que só algumas notas da Codevasf incluíam o nome do parlamentar que havia indicado o recurso, sem seguir nenhum padrão nem dar detalhes. Nas notas de empenho de outros órgãos responsáveis por executar os recursos das RP9, como o Ministério do Desenvolvimento Regional, político nenhum é mencionado.
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