Miller pede desculpas, mas reafirma que não delinquiu
Em reação à citação de seu nome na carta de Michel Temer aos parlamentares, o ex-procurador Marcelo Miller alegou na Folha que, "pelo caráter episódico, preparatório e não remunerado" de sua "interação" com a JBS, "tenho convicção de que não incorri em irregularidade". O Antagonista destaca alguns trechos...
Em reação à citação de seu nome na carta de Michel Temer aos parlamentares, o ex-procurador Marcelo Miller alegou na Folha que, “pelo caráter episódico, preparatório e não remunerado” de sua “interação” com a JBS, “tenho convicção de que não incorri em irregularidade”.
O Antagonista destaca alguns trechos do artigo, no qual Miller pede desculpas por ter se antecipado aos efeitos de sua exoneração da PGR, mas reafirma que não delinquiu.
“Nunca orientei ninguém, em minha vida profissional, a gravar conversas. O que sempre disse é que relatos de colaboradores devem ser baseados em provas.”
“Nunca transmiti informação sigilosa para a J&F nem exerci, no MPF, nenhuma atribuição relativa a ela. Estava com exoneração pedida e divulgada durante os contatos com seus executivos, em férias na maior parte do período e espontaneamente fora de grupos de trocas de mensagens entre procuradores. Corruptos fazem o contrário: procuram inserção e informação, para terem o que vender.”
“Fala-se, a meu respeito, em ‘jogo duplo’. Mas isso só ocorreria se eu tivesse atuado em duas pontas antagônicas. Não era o caso: nunca atuei na J&F pelo MPF.”
“Quanto às questões que afligem o senhor presidente da República, nunca fui ‘braço direito’ de Rodrigo Janot, muito menos seu auxiliar mais próximo.”
“Percebo, em retrospecto, que foi um grave erro de avaliação participar do projeto de remediação da J&F e, mais ainda, me antecipar, ainda que em caráter preparatório, aos efeitos da exoneração. Isso facilitou percepções equivocadas, hipóteses precipitadas e teses cerebrinas. Peço desculpas.
Mas reafirmo: não delinqui; não fui ímprobo; não traí a instituição a que tanto dei de mim. Por todo o tempo em que dialoguei com a J&F, tive presentes as regras que sempre regeram minha atuação e minha vida. Estou seguro de que as preservei.”
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