Ruy Goiaba: Sebastianismo 2.0
Em sua coluna para a Crusoé que foi ao ar nesta sexta (5), Ruy Goiaba (foto) fala do mito que se criou em torno de dom Sebastião —rei português morto na África no fim do século 16, cujo corpo jamais foi identificado— e de sua influência ao longo da história do Brasil...
Em sua coluna para a Crusoé que foi ao ar nesta sexta (5), Ruy Goiaba (foto) fala do mito que se criou em torno de dom Sebastião —rei português morto na África no fim do século 16, cujo corpo jamais foi identificado— e de sua influência ao longo da história do Brasil.
“Nem é necessária a ‘herança ibérica’ para que alguém seja sebastianista. Basta ver a história dos dementes que se reuniram em Dallas nesta semana, à espera de que o filho mais novo de JFK — John Kennedy Jr., que morreu num acidente de avião em 1999 — fizesse as seguintes coisas, nesta ordem: a) reaparecesse depois de 22 anos ‘escondido’; b) assumisse como vice-presidente de Donald Trump quando o ex-presidente republicano, ídolo dos conspiracionistas da QAnon, fosse reinstalado na Casa Branca. Essa gente, meus amigos, vota — e não há nem sequer uma boa alma que lhes vista uma camisa de força ou os acomode numa cela acolchoada. (…)
O problema para nós, habitantes do Bananão, é que a política brasileira é sebastianista — até hoje. Eu sei que é clichê falar em ‘salvador da pátria’, mas o Brasil é um clichezão e funciona desse jeito mesmo (narrador: ‘na verdade, não funciona’). Aqui tem sebastianismo para todos os gostos ideológicos, à esquerda e à direita, e o dom Sebastião não precisa nem morrer: basta passar por alguma situação adversa e ressurgir “mais forte” para redimir os brasileirinhos.”
LEIA AQUI a íntegra da coluna; assine a Crusoé e apoie o jornalismo e o humorismo independentes.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)