“Alteração da regra do teto de gastos, neste momento, reduz a credibilidade da política fiscal”
Felipe Wajskop França e Myriã Bast, economistas do Bradesco, afirmaram, em relatório distribuído ao mercado, que alterar a regra do teto de gastos, neste momento, reduz a credibilidade da política fiscal do governo Jair Bolsonaro. Os dois se referem a PEC dos Precatórios que pode ser votada hoje (3) pela Câmara. O texto adia a quitação de sentenças judiciais e cria uma gambiarra nas normas fiscais para o bancar um Auxílio Brasil de R$ 400...
Felipe Wajskop França e Myriã Bast, economistas do Bradesco, afirmaram, em relatório distribuído ao mercado, que alterar a regra do teto de gastos, neste momento, reduz a credibilidade da política fiscal do governo Jair Bolsonaro. Os dois se referem a PEC dos Precatórios que pode ser votada hoje (3) pela Câmara. O texto adia a quitação de sentenças judiciais e cria uma gambiarra nas normas fiscais para o bancar um Auxílio Brasil de R$ 400.
“Assim, mesmo que não impliquem em expansão dos gastos em relação ao PIB, as alterações atenuam ou postergam os efeitos esperados da adoção do teto de gastos e enfraquecem a sua sinalização, uma vez que a barreira constitucional se mostra frágil diante de escolhas alternativas”, afirmaram os economistas.
Como consequência já evidente no curto prazo, disseram os economistas, está a piora das condições financeiras, com aumento no preço do dólar, queda da bolsa e elevação dos juros futuros.
Além das críticas, França e Bast sugerem reduzir os gastos com subsídios fiscais e direcionar os recursos usados para bancar o abono salarial e as emendas parlamentares para custear o novo programa social.
“Um programa que aumentasse a focalização do abono e revertesse as emendas parlamentares para o atendimento dos mais vulneráveis, por exemplo, combinado com a redução de subsídios poderia ser desenhado para não ter qualquer impacto fiscal, ainda que fosse necessário algum arranjo temporário para circunscrever a restrição do teto”, afirmam.
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