Economista diz que Auxílio Brasil fora do teto de gastos afastará investidores
Camila Abdelmalack, economista-chefe da Vedha Investimentos, afirmou que os preços do dólar e da Bolsa de Valores refletem a percepção dos investidores sobre o desrespeito das regras fiscais do país. Segundo ela, um Auxílio Brasil com recursos fora do teto de gastos é ruim para as contas públicas e resultará em mais inflação...
Camila Abdelmalack, economista-chefe da Vedha Investimentos, afirmou que os preços do dólar e da Bolsa de Valores refletem a percepção dos investidores sobre o desrespeito das regras fiscais do país. Segundo ela, um Auxílio Brasil com recursos fora do teto de gastos é ruim para as contas públicas e resultará em mais inflação.
Segundo ela, com as indefinições sobre o orçamento de 2022 e como o governo conseguirá pagar um Auxílio Brasil turbinado, os investidores adotam uma posição de cautela que resulta em alta do dólar e queda da B3.
“A Lei de Responsabilidade Fiscal exige uma fonte de receita permanente ou corte de gastos permanente para criar uma despesa nova. Como o governo nao consegue fechar a equação para pagar o Auxílio Brasil em valor maior, os técnicos fazem estudos alternativos, como a extensão do auxílio emergencial. Mas qualquer gasto fora do teto de gastos é ruim. Basta olhar para a nossa taxa de câmbio e para os preços dos ativos, que já refletem essa percepção de risco”, disse.
A economista ainda afirmou que a tendência é de aumento do dólar e queda da bolsa em ano eleitoral, diante das incertezas sobre o avanço da reformas para equilibrar as contas públicas, atrair investimentos e ajudar na recuperação econômica.
“O cenário político não parece favorável para a aprovação das reformas econômicas. Quando são feitas propostas que podem piorar a situação das contas públicas, a tendência é de os investidores deixarem o país. Além disso, com a alta do dólar, a inflação deve aumentar”, disse.
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